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Domingo, 28 de abril de 2024

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Cepal prevê queda de 24% das vendas externas da América Latina e do Caribe em 2009

As exportações da América Latina e Caribe devem registrar em 2009 queda de 24%, em relação a 2008, depois de terem apresentado crescimento médio anual de 17% entre 2003 e 2008, em função da crise financeira internacional.


A projeção é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e consta do relatório Comércio Internacional na América Latina e Caribe: crise e recuperação, divulgado no site da entidade.

Segundo a Cepal, a queda resultará da combinação da baixa de 15% nos preços e de 9% no volume. De acordo com o relatório, essa redução simultânea no preço e no volume dos produtos não se registra desde 1937.

Trata-se de um recorde histórico, superado somente pela forte desaceleração do comércio no período posterior à crise de 1929, em consequência de políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos e pela Europa.

O relatório indica que, embora a previsão seja de queda generalizada nas exportações, haverá diferenças importantes entre subrregiões e países. Enquanto a previsão para a Venezuela é de queda de 42%, e para os países andinos, de 32%, no Caribe a redução deve ser de 29% e no México e Chile pode ficar em em 22%, na comparação com 2008.

Para o Brasil, a estimativa também é de 22%, bem próxima do resultado efetivamente apurado (redução de 23%) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A queda nas importações no Brasil ficou em 26,2%.

Na análise por setores, os dados de janeiro a setembro de 2009 mostram que as exportações de minerais e de petróleo foram as mais afetadas no ano passado, com queda média de 42,3%, enquanto as manufaturas tiveram retração de 25,4% e os produtos agropecuários, de 18,4%.

Para a Cepal, as importações devem registrar em 2009 redução similar à ocorrida durante a crise da dívida externa de 1982. Na América Latina e Caribe a previsão de queda é de cerca de 25%. Ao contrário do que acontece com as exportações, a retração das importações deve-se, principalmente, à variação do volume, que teve queda de 16%, enquanto os preços apresentaram baixa de 9%.

A Cepal também observa diferenças entre países e subrregiões. Houve queda de 35% no Caribe, 32% no Chile, 22% no México e 26% na América do Sul, por exemplo. Segundo o relatório, devido à contração da atividade econômica, vários países da região aplicaram medidas de contenção das importações como prevenção de eventuais desequilíbrios no balanço de pagamentos.

Apesar da queda no comércio exterior, as perspectivas da Cepal para 2010 são de melhora. Essa mudança é indicada, entre outros fatores, pela recuperação parcial dos preços de vários produtos básicos, como cobre, petróleo, trigo e soja.

A recuperação gradual do financiamento internacional e a melhora parcial no nível de atividade econômica em várias economias industrializadas e na região da América Latina e Caribe também vão contribuir para a melhora.
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