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Domingo, 28 de julho de 2024

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Venezuela vota para ver se Chávez pode continuar se reelegendo

Os venezuelanos votam neste domingo se aceitam uma proposta que permite ao presidente Hugo Chávez disputar novas reeleições. Essa é a segunda tentativa de Chávez de prolongar ainda mais a sua era no poder. Ele já governa a Venezuela por uma década.


Chávez diz precisar de pelo menos mais dez anos para completar a sua revolução. Ele tem pequena vantagem nas pesquisas sobre o referendo, mas muitos venezuelanos permanecem indecisos. O resultado deve ser divulgado ainda neste domingo.

Ex-militar, crítico dos Estados Unidos, Chávez já foi derrotado numa votação para terminar com o limite máximo para número de mandatos. Se perder agora, ele terá que deixar o governo em 2013 ou encontrar outra maneira de mudar as regras.

Fogos de artifício, buzinas e carros de som acordaram neste domingo moradores da capital Caracas. Alguns eleitores já faziam fila nas zonas eleitorais antes do amanhecer.

Liderados por um movimento de estudantes, o slogan da campanha da oposição fragmentada, "Não é Não", faz referência à derrota de Chávez para prolongar o seu governo.

Confiante na vitória desta vez, o presidente afirmou no sábado que o seu triunfo reforçará o seu mandato para criar um Estado socialista e enfrentar o Estados Unidos na América Latina.

"Isso vai fortalecer a minha fé no que estamos fazendo", afirmou o presidente, de 54 anos.

No entanto, com o preço do petróleo mais de 100 dólares mais barato do que há sete meses, Chávez tem bem menos recursos para investir em programas sociais.

A moeda venezuelana se desvalorizou nos últimos meses, e investidores temem que a "revolução" queime as reservas do país.

O líder venezuelano, que chama Fidel Castro de mentor, tem se credenciado como bastião do sentimento anti-EUA da região, usando o seu petróleo para combater as políticas de livre mercado norte-americanas.

Aliados esquerdistas no Equador e na Bolívia seguiram o exemplo de Chávez e mudaram constituições, prorrogaram os seus governos, aumentaram a presença do Estado na economia, em nome do combate à pobreza.

Líderes da oposição dizem que Chávez quer virar um ditador comunista e que o presidente usa recursos do Estado em suas campanhas.
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