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Terça-feira, 30 de abril de 2024

Notícias | Mundo

Itália discute racismo e imigrantes são retirados de Rosarno

Centenas de imigrantes africanos foram retirados de uma cidade no sul da Itália, disseram autoridades locais neste domingo, depois de um dos piores confrontos racistas desde a Segunda Guerra Mundial.


A retirada aconteceu após três dias de confrontos na cidade de Rosarno, na Calábria, que começou quando alguns dos residentes começaram a atacar imigrantes, causando uma revolta.

Ao menos 53 pessoas, entre elas 18 policiais, ficaram feridas nos confrontos na cidade, que fica na ponta sudoeste da Itália.

As autoridade retiraram mais de mil pessoas, a maioria imigrantes ilegais oriundos da África Subsaariana, para centros de imigração ao redor da Itália numa operação que começou no sábado e terminou na manhã deste domingo.

Os imigrantes em situação irregular correm o risco de serem expulsos para seu país de origem, e as autoridades começaram a demolir suas casas improvisadas em Rosarno neste domingo.

O ministro do Interior, Roberto Maroni, disse que o governo havia resolvido de maneira "brilhante o problema da ordem pública" e agradeceu a polícia por organizar o êxodo "de maneira exemplar."

O Papa Bento XVI desviou-se do comunicado preparado para a oração semanal do Angelus para pedir tolerância.

"Um imigrante é um ser humano, diferente na origem, na cultura e nas tradições, mas é uma pessoa com direitos e deveres que deve ser respeitada", disse aos espectadores na Praça de São Pedro.

Os confrontos começaram na quinta-feira quando uma gangue de jovens brancos num carro usou um rifle para atirar num grupo de imigrantes africanos que voltava do trabalho nas fazendas, ferindo dois deles.

Há aproximadamente 8 mil imigrantes ilegais na Calábria. A maioria trabalha na colheita de frutas e verduras.

Muitos vivem em fábricas abandonadas sem água corrente ou eletricidade, e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que eles são explorados pela 'Ndrangheta, a organização mafiosa mais poderosa da Itália.

O governo de Silvio Berlusconi tem adotado uma postura de linha-dura contra a imigração ilegal e tem tentado impedir a chegada de imigrantes africanos que chegam à Itália em barcos vindos da África.

Alguns barcos foram enviados de volta ao mar aberto, o que levou a agência de refugiados das Organização das Nações Unidas a criticar o governo italiano. A Comissão Europeia também se disse preocupada com a política dos italianos.
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