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Sábado, 27 de julho de 2024

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Pai de Eluana Englaro recusou dinheiro para fotografar a filha

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse hoje o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.


O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, revelou o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado. 

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.
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