A Polícia Militar suspendeu nesta terça-feira (12) a campanha de arrecadação de alimentos, roupas e produtos de higiene pessoal e limpeza para as vítimas das enchentes nos municípios de São Luiz do Paraitinga e Cunha, no Vale do Paraíba. Com o grande número de doações, a capacidade máxima de estocagem foi atingida.

Desde 4 de janeiro, a polícia recebeu em seus batalhões e enviou à região atingida 54.858 litros de água potável, 2.401 litros de leite, 38.067 quilos de alimentos não perecíveis, 344.726 peças de roupas, 295 colchões e 22.852 produtos de higiene pessoal e limpeza. As doações encheram sete caminhões. Foram utilizados também carros da PM e até o helicóptero Águia, que levou no primeiro dia de campanha 30 cestas básicas e 20 mil litros de água para os desabrigados.

Um temporal devastou o centro histórico de São Luiz do Paraitinga no dia 1º de janeiro. Em Cunha, a 231 km de São Paulo, a chuva matou seis pessoas da mesma família soterradas. A única sobrevivente, Alice Moron Silva, de 41 anos, está internada desde 2 de janeiro em um hospital da capital paulista.

Reconstrução

Em reunião ocorrida na manhã desta terça-feira (12) em São Luiz do Paraitinga, o ministro interino da Cultura, Alfredo Manevy, e o secretário estadual de Cultura, João Sayad, não definiram prazo para reconstruir a cidade destruída pela enchente ocorrida no início do ano. Apesar disso, os governos federal e estadual estimaram os investimentos para a reconstrução do município.

João Sayad afirmou que o governo paulista deverá investir entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões para a recuperação da cidade. Ele esclarece, porém, que a estimativa, neste momento, é apenas “um chute”.

O ministro interino da Cultura afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou incremento de R$ 10 milhões na pasta para investimentos exclusivos a São Luiz do Paraitinga. O ministério estima o valor com base no investimento realizado na reconstrução de Goiás Velho (GO), que teve 170 imóveis tombados atingidos por uma enchente no fim de 2001.