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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Pecuária

Carne bovina de MT tem queda nas exportações e nos preços em 2009

A pecuária mato-grossense encerrou o ano de 2009 com números não muito animadores para o setor. As exportações da carne produzida no Estado caíram 18,5% em relação a 2008, com um volume de 185,6 mil toneladas comercializadas com outros países.


No mesmo período, a arroba da carne bovina teve queda de 26%, segundo dados levantados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgados na sede da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) nesta quinta-feira (14).

Otávio Celidonio, gestor do Imea, pontua que além de prejudicar o volume de exportações a crise que acometeu os frigoríficos, fechando 11 plantas no Estado durante o ano passado, também gerou uma desvalorização ao valor da arroba bovina.

Por volta de junho e julho de 2008 a arroba do boi teve os melhores preços dos últimos anos, entre R$ 80 e R$ 85. No início de 2009, teve uma queda brusca de mais de 20%. Entre março e outubro ficou mais ou menos equilibrado, registrando pequena alta em novembro.

Janeiro de 2009 foi o mês com a menor taxa de exportação dos últimos anos, havendo leve recuperação nos meses seguintes. Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, comenta que a expectativa era de um crescimento maior das taxas ao longo do ano. “Mas pelo menos ficou estável”, diz.

Outro ponto ‘reclamado’ por Vacari é em relação a outro elo da cadeia produtiva da carne, o varejo. As estatísticas do Imea mostram que de junho de 2008 a dezembro de 2009 o preço da arroba caiu 20%, enquanto que o quilo de carne bovina vendida no varejo teve alta de mais de 15%.

Expectativas

“Se nós não resolvermos problemas estruturais no parque industrial de Mato Grosso, 2010 tem tudo para ser igual ou pior que 2009”, anuncia Vacari. Ele afirma que não adianta o Estado ter o maior rebanho do país e ser destaque na pecuária se há tantos problemas estruturais no setor.

“Não há condições de a pecuária crescer em Mato Grosso com tantos problemas operacionais, estruturais. Tantos frigoríficos parados”, pontua o superintendente.

Sobre os preços praticados atualmente no mercado, Vacari diz que remuneram, sim, o produtor. “Mas não permitem novos investimentos em tecnologia, manejo de pastagens, melhoramentos genéticos e outros”, diz. Ele acrescenta que sem dinheiro para investir na estrutura de produção a pecuária pode vir a sofrer grave crise nos próximos anos.
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