A inflação da classe média paulistana registrou alta de 4,04% em 2009, abaixo da variação do ano anterior, de 6,22%. Os dados são do ICVM (Índice do Custo de Vida da Classe Média), calculado pela Fecomercio-SP no intervalo de renda entre 5 e 15 salários mínimos.

Apenas em dezembro, o indicador teve alta de 0,27%, puxado pelos setores de Despesas Pessoais (0,66%), Vestuário (0,62%) e Transportes (0,56%).

No acumulado do ano, as variações dos sete grupos de despesas foram: Habitação (4,11%), Transportes (2,16%), Alimentação (3,42%), Despesas Pessoais (5,79%), Saúde (6,66%), Educação (7%) e Vestuário (1,11%).

Entre os itens analisados, foram destaque de alta os cigarros (com aumento de 25,86% no ano, no grupo de Despesas Pessoais), remédios (elevação de 7,79%, Saúde), ensino privado (7,33%, Educação) e energia elétrica (10,93%, Habitação).

Além disso, segundo Gilson Garófalo, economista da Fecomercio, a distância cada vez menor entre o preço da gasolina e do etanol contribuiu para o aumento do grupo Transportes. No ano passado, o etanol subiu 19,86% e a gasolina, 1,89%.

No grupo alimentação, os destaques de alta foram o açúcar, com alta de 58,39%, provocada pela maior demanda internacional e pelo atraso na colheita causado pelas chuvas, e as refeições oferecidas em restaurantes, lanchonetes e padarias, que subiram 8,05% no ano.

"Os preços subiram devido à participação minoritária dos alimentos no custo total do estabelecimento que envolve outros gastos como: salários dos funcionários, luz, água, aluguel do local, impostos e encargos sociais", explicou Garófalo.