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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Haiti: achados com vida chegam a 70; número é recorde em tremores

O Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês) informou neste domingo que até agora 70 pessoas foram encontradas vivas entre os escombros do que restou da capital do Haiti, Porto Príncipe, após o terremoto da última terça-feira. Mais de 60% da área devastada já foi rastreada pelas equipes de resgate. As informações são da agência Lusa.


"É um número recorde de pessoas encontradas com vida após um terremoto. E não está perdida a esperança de encontrar mais sobreviventes", disse Elizabeth Byrs, porta-voz da Ocha. Segundo ela, pela experiência dos peritos é possível haver pessoas com vida entre os escombros até seis dias depois de um terremoto.

Há pelos menos 43 equipes de salvamento trabalhando dia e noite. "Trabalham sem parar, em condições apocalípticas, mas a moral deles está muita alta, porque apesar das duras condições, são estimulados pelo grande número de pessoas que já conseguiram salvar com vida", afirmou.

As equipes dispõem de "material de ajuda muito pesado, capaz de penetrar no cimento armado e têm também aparelhos acústicos e de fibra ótica para localizar pessoas com vida" sob os prédios desmoronados, segundo Elizabeth Byrs.

Na avaliação da Ocha, o problema mais grave agora é a falta de equipamentos e equipes médicas para atender os feridos. "É preciso tratar e operar os feridos para não morrerem, mas não há pessoal médico suficiente", lamentou a representante da ONU, reforçando a preocupação de organizações humanitárias como a dos Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.


Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti. Além deles, o terremoto também vitimou Luiz Carlos da Costa, a segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

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