O ex-presidente americano Bill Clinton, enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Haiti, chegou nesta segunda-feira (18) a Porto Príncipe para levar ajuda humanitária e se reunir com líderes do país e sobreviventes. Ao partir para a visita, Clinton explicou sua missão no Haiti.

- Como enviado especial da ONU, sinto uma profunda obrigação com o povo haitiano em visitar o país e me reunir com o presidente (René) Preval para garantir que nossa resposta continue coordenada e efetiva.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira (18) ao Conselho de Segurança que amplie a missão de estabilização no Haiti com mais 3.500 "capacetes azuis" (soldados da ONU) para reforçar a segurança e melhorar a distribuição de assistência.

Ban, que informou ao conselho sobre sua visita de seis horas realizada no domingo (17) ao país, pediu também que o aumento das forças internacionais de paz no Haiti se prolongue por seis meses.

No último sábado (16), o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, defendeu aumentar o mandato da missão de paz no Haiti, a Minustah, que é comandada pelo Brasil. Apesar de Jobim ter dito que não há como a Minustah sair do país em menos de cinco anos, o ministro afirmou que não era necessário aumentar o efetivo no local.

- É preciso reconstruir o país. Não há mais nada.

O Brasil perdeu 16 militares no país e dois continuam desaparecidos. Os brasileiros, 18 ao total, foram os estrangeiros que até o momento mais morreram em decorrência de eventos associados ao terremoto.