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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Cruz Vermelha suspende ajuda não alimentar a bairro de Porto Príncipe devido a tensão

A distribuição de ajuda não alimentar pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) às vítimas do terremoto no Haiti teve que ser interrompida pelo "ambiente tenso" que reina no bairro Delmas, em Porto Príncipe, onde trabalhava a equipe encarregada desta operação, informou o CICV.


"Apesar da difícil situação em Porto Príncipe, trataremos de reiniciar a distribuição de ajuda [não alimentar] nos próximos dias", informou o chefe das operações do CICV no local, Riccardo Conti, citado em comunicado da organização, com sede em Genebra.

"Estas tensões são compreensíveis, dada a situação muito difícil na qual estão as pessoas que perderam tudo", disse Conti.

"Varias equipes estão encarregadas de diferentes operações e o grupo encarregado da distribuição de ajuda não alimentar, como utensílios de cozinha, teve que se retirar por causa do clima de tensão", disse Marçal Izard, porta-voz do CICV em Genebra.

O CICV informou nesta segunda-feira sobre violentos incidentes e saques na capital haitiana, onde os sobreviventes estão desesperados.

"A população de Porto Príncipe luta, agora, para sobreviver. Os nervos estão a ponto de explodir, enquanto que famintos e sedentos se dão conta da magnitude da perda", constataram delegados do CICR no local.

Tragédia

O terremoto aconteceu às 16h53 do último dia 12 (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país, que ficou virtualmente devastada. O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da missão de paz da ONU no país, a Minustah, liderada militarmente pelo Brasil.

Ainda não há um dado preciso do total de mortos. A Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à ONU, afirma que podem ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já a Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil.

O governo do Haiti já chegou a estimar em 200 mil o número de mortos. Cerca de 70 mil corpos já foram enterrados em valas comuns desde o terremoto, disse neste domingo o secretário de Alfabetização local, Carol Joseph.

Segundo o governo brasileiro, 19 brasileiros morreram no país --17 militares e dois civis, a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa. O corpo de Costa foi encontrado neste sábado (16).

O ministro da Defesa, Nelson Jobim,diz que há ainda um terceiro civil não identificado. O governo não confirma a informação.
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