A declaração do prefeito Wilson Santos (PSDB) dizendo que o Estado estava utilizando a máquina pública para enriquecer “meia dúzia de empresários aplicando multas" continua ecoando no staff do governo. Depois dos secretários Eder Moraes (Fazenda) e Teodoro Moreira Lopes, o Dóia (Detran) rebaterem o tucano, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) devolveu as acusações ao prefeito.

Ponderado, o pré-candidato à sucessão de Blairo Maggi (PR) e adversário de Santos em uma hipotética disputa nas urnas em outubro questionou a veracidade das declarações do prefeito. “Se ele diz que o Estado está enriquecendo empresários, ele deve apontar quem são esses empresários. Se acusa, deve dar nome aos bois e aos fatos. Pois, se preciso for, levaremos as acusações ao Ministério Público para que investiguem tudo”, repercutiu.

O “estopim” para o conflito entre os integrantes do Executivo foi o discurso de Wilson Santos durante coletiva de imprensa realizada para sancionar a lei que regulamenta a circulação e operação de veículos de carga na capital, ocorrida nesta segunda-feira (18).

Ao tentar explicar que a rigorosidade com a qual fiscalizará a nova lei não tem relação com a arrecadação do município, o prefeito acusou o Estado de utilizar a máquina pública para enriquecer empresários. “Ouço o Estado dizer que vai colocar radar e câmeras nas rodovias. Isso tudo é para enriquecer meia dúzia de empresários. O governo pode até fazer isso, mas não aqui em Cuiabá. Não enquanto eu for o prefeito da cidade”, alfinetou o tucano na ocasião.

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