A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência, criticou nesta sexta-feira a condução, por parte do governo, do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Sem se colocar contrária ao programa, ela observou que falta um "olhar estratégico", e defendeu que haja uma visão mais integrada para as necessidades do país.

"Acho que há uma visão equivocada, da aceleração pela aceleração. Precisamos sim, dos investimentos na infraestrutura do país, mas ele pode ser feito de forma cuidadosa, com os processos sociais, com as questões ambientais", afirmou a senadora, no Rio, onde gravou os programas eleitorais gratuitos do PV.

Marina destacou que a busca pelo desenvolvimento econômico tem que passar por uma visão de maior cuidado com aspectos sócio-ambientais, e não apenas pela necessidade de se fazer investimentos.

"Não se considera que estamos em pleno século 21, que a estrada que vai ser feita não é a estrada pela estrada. É a estrada que liga o Brasil com sua necessidade de integração, mas também da integração com uma nova visão, uma nova dinâmica de desenvolvimento", afirmou.

Sobre as bandeiras de sua campanha eleitoral, Marina Silva declarou que pretende destacar a educação em seu programa de governo. Segundo ela, o tema está diretamente ligado à questão ambiental, discurso principal da senadora.

Marina também ressaltou que a solução de problemas ambientais passa pelo investimento em educação.

"Não só educação como direito, mas uma educação que seja capaz de produzir conhecimento, tecnologia e inovação. Boa parte das soluções técnicas para os novos processos produtivos nessa economia de baixo carbono dependem de uma educação de qualidade. Quando se fala em educação, se fala na solução dos graves problemas ambientais", disse.