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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Brasil

'Dormimos 9 pessoas em 2 colchões', diz brasileiro preso em Machu Picchu

O contador brasileiro Mauro Fornazari foi sábado (23) para Machu Picchu para passear e, esta noite, teve que dormir com mais oito pessoas em dois colchões. Ele, a mulher e os dois filhos estão ilhados na região há três dias, quando fortes chuvas bloquearam as saídas da cidade peruana de Aguas Calientes. Em entrevista ao G1, por telefone, ele disse que o dinheiro está acabando, as pessoas estão dormindo nas ruas e que a chuva não para.


O governo peruano havia afirmado que retirará os turistas - cerca de 2 mil - por helicóptero. Mas, segundo Fornazari, até agora nenhum helicóptero desceu na região. "Houve um que sobrevoou na tarde de ontem, mas não chegou a pousar", confirmou a tradutora Maria Carolina Cordova, que está com seis amigos na cidade. Eles chegaram da trilha para o passeio em Macho Picchu neste domingo e desde então foram informados de que não poderiam voltar.

“Estamos dormindo num centro cultural. Deve ter umas 100 pessoas aqui. Há idosos, crianças, famílias inteiras. As pessoas estão com medo pois não para de chover e dizem que o rio pode subir e inundar a cidade. Maria Carolina disse que viu até gente vendendo papelões para dormir. "Custa R$1,50!"

Fornazari disse que tentou falar com o consulado brasileiro, mas não obteve nenhuma resposta. Ele não sabe o que fará para dormir essa noite. “Tentaremos renovar para dormir nessa casa em que estamos. Nem sei dizer o que é, é uma casa que a guia conseguiu para nós. Um quarto com dois colchões.”

O contador disse que os guias decidiram ir até a ferrovia para avaliar se é possível passar a pé.

As chuvas provocaram deslizamentos de terra, inundando dezenas de casas em algumas regiões de Cusco e em outras afetaram a única ferrovia que leva a Machu Picchu, que está 1.100 quilômetros a sudeste de Lima.

Parentes

Segundo Marcelo Godoy, proprietário da agência de viagens El Dorado, especializada no trajeto a Machu Picchu, a situação é preocupante, mas deve se resolver logo. Por sua agência estão seis turistas presos na cidade de Aguas Calientes, entre eles a família Fornazari, e outros seis que estão nesse momento na trilha inca. Godoy afirmou que mantém contato com todos os 12 viajantes e que eles estão bem.

"Desde a madrugada os parentes estão ligando para saber informações. A situação é preocupante, mas não há ninguém ferido e ninguém perdido. O governo disse que ia retirar os turistas de helicóptero. O trecho que desabou é da ferrovia que fica entre Cusco e Macho Picchu."
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