A comunidade internacional deve manter seu apoio para que o Governo e o povo do Haiti se recuperem do terremoto, assim como garantir a proteção dos que ficaram em uma situação altamente vulnerável após o desastre, segundo uma resolução aprovada hoje na ONU.
O documento, adotado por consenso no Conselho de Direitos Humanos, reunido em sessão especial sobre a situação no Haiti, afirma que o Governo haitiano deverá estabelecer as prioridades do país no processo de recuperação e reconstrução.
O Brasil, promotor da iniciativa, ressaltou a importância do respeito à soberania do país caribenho, assim como a preocupação com a situação de grupos especialmente vulneráveis, como crianças, mulheres, deslocados, idosos, deficientes e feridos.
A embaixadora do Brasil na ONU, Maria Farani, destacou algumas iniciativas que já estão em andamento no Haiti para acelerar a recuperação do país, como o programa que permite entregar dinheiro e comida em troca de trabalho.
Também ressaltou a importância das ações destinadas a proteger as crianças da violência, abuso e exploração, a garantir que os menores que foram separados de suas famílias voltem a se reunir com elas e oferecer amparo aos que ficaram órfãos.
Em representação ao Haiti, o diplomata Jean-Claude Pierre, convidou o Alto Comissariado da ONU sobre Direitos Humanos a identificar áreas de cooperação com seu país, "que vão no sentido da reconstrução e do desenvolvimento econômico" que o Haiti requer.