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Sábado, 04 de maio de 2024

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Justiça liberta segurança de padaria acusado de matar empresário em SP

O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, negou na terça-feira (2) o pedido de prisão preventiva contra o segurança Eduardo Soares Pompeu, que admitiu ter matado com uma facada o empresário Dácio Múcio de Souza Júnior, 29, na madrugada de 27 de janeiro em uma padaria de Higienópolis (centro de São Paulo).


O juiz também revogou a prisão temporária do segurança e determinou que fosse expedido o alvará de soltura. Anderson Filho afirmou que o segurança é réu primário, tem emprego e residência fixos e "por ora não se vislumbra a presença dos requisitos legais para que ela [prisão preventiva] pudesse ser decretada".

"Com efeito, o simples fato de o ocorrido ter sido amplamente divulgado pelos meios de comunicação não demonstra a existência de clamor público. Aliás, documentos juntados mostram a opinião pública bastante dividida quanto aos fatos, sendo relevante lembrar que, na hipótese de o réu ser pronunciado, ele será julgado pelo Conselho de Sentença, composto por pessoas do povo", disse o juiz em sua decisão, de acordo com o TJ (Tribunal de Justiça).

Crime

O segurança, que fugiu após a morte do empresário, se apresentou à Polícia Civil no fim da noite do dia 30. Na ocasião, advogada do segurança, Adriana Wada Ueda, afirmou que seu cliente agiu em legítima defesa.

Na madrugada de 27 de janeiro, o empresário foi à padaria Dona Deôla com a irmã, Nathalia, 20, depois de voltarem do sítio da família. No estabelecimento, eles procuraram a gerência para saber quais providências haviam sido tomadas em relação a uma discussão ocorrida dias antes, quando a jovem disse ter discutido com o segurança. Segundo ela, o segurança reclamou que Nathalia e um grupo de amigas falavam "alto demais" e xingou as moças com palavrões.

Na madrugada de domingo, porém, enquanto o irmão cobrava informações sobre o caso, foi surpreendido pelo segurança e houve nova discussão. Segundo Nathalia, a moça do caixa disse que o segurança estava armado e pediu: "Corre, que ele está com alguma coisa debaixo da camisa".

Ela disse que saiu do estabelecimento para pegar o carro e, quando voltou, viu o segurança. "Foi aí que vi o segurança, andando tranquilamente na rua, como se nada tivesse acontecido. Perguntei pelo meu irmão e ele fez sinal com a mão de que saíra por aí". Em seguida, a jovem viu o irmão caído na calçada.

Souza Junior foi levado para o Hospital Samaritano, mas não resistiu.

A advogada do segurança afirmou após o crime que o empresário encontrou uma faca de cozinha em um prato com restos de comida e tentou esfaquear seu cliente. Para se defender, diz ela, Pompeu torceu a mão de Souza Júnior, golpeando-o com a mesma faca.
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