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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Irã recusa ajuda dos EUA para comprar isótopos de reator médico

O Irã recusou hoje a proposta dos Estados Unidos na importação dos isótopos necessários para seu reator médico.


O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou que a oferta "não tem lógica porque nossos pacientes precisam de remédios".

"Fechar o reator ou parar a produção de remédios não é uma solução. A solução é que a outra parte coopere para que possam ser construídos reatores que atendam às necessidades dos pacientes", disse o porta-voz, citado pela televisão estatal.

Na terça-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, ofereceu a Teerã a compra direta dos isótopos, já que, na sua opinião é a forma mais "rápida e fácil" de cobrir uma necessidade e, ao mesmo tempo, retomar um clima de confiança.

"Expressamos nossa vontade de trabalhar com eles (os iranianos) na importação de isótopos médicos se essa for sua preocupação verdadeira, como alegam", apontou Crowley.

Meses atrás, o Irã anunciou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que o combustível nuclear que alimenta seu reator civil da capital acabaria ao longo de 2010.

Em novembro, Rússia, Estados Unidos e França propuseram ao regime iraniano enviar ao exterior seu urânio enriquecido a 3,5% e recuperá-lo depois a 20%, nas condições precisas para alimentar o reator.

Após meses de ambiguidades, o Irã respondeu que a troca deveria ser feita em seu território nacional e de forma escalonada, e advertiu que se suas condições não forem aceitas, conseguiria o combustível por sua conta.

Esta semana, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, cumpriu a ameaça e ordenou o início do enriquecimento na usina de Natanz, mas ressaltou que a decisão não significa fechar as portas à negociação.

Em resposta, o Governo dos Estados Unidos impôs hoje novas sanções a quatro empresas ligadas à Guarda Revolucionária do Irã e a um general da corporação, em mais um passo para cortar o financiamento da tropa de elite iraniana.

A decisão atinge sobretudo as filiais da construtora Khatam al-Anbiya, o braço de engenharia da Guarda Revolucionária, já incluído na lista de empresas punidas pelo Governo americano. Quem também teve as sanções reforçadas foi o general Rostam Qasemi, que dirige a entidade.

A Khatam al-Anbiya é controlada pela Guarda Revolucionária e se dedica à construção de estradas e túneis e a projetos de fornecimento de água, de agricultura e petrolíferos.

Mehmanparast pediu à comunidade internacional que desista das medidas de pressão e adote uma estratégia "mais realista".

"Esses esforços só servirão para sensibilizar ainda mais as pessoas a terem uma má imagem entre a opinião pública iraniana", ressaltou.

Países como Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido acusam Teerã de ocultar um programa nuclear de fins militares, cujo objetivo seria a aquisição de um arsenal nuclear. O Irã nega este propósito.
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