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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Manifestantes queimam carros e destroem lojas em protestos na Costa do Marfim

Milhares de manifestantes marcharam neste sábado pela cidade de Bouake, na Costa do Marfim, contra o governo do presidente Laurent Gbagbo. Alguns dos manifestantes partiram para a violência, ateando fogo em carros, destruindo lojas e saqueando um prédio do governo.


As passeatas têm interrompido a rotina do maior exportador mundial de cacau desde que o presidente dissolveu o governo e a comissão eleitoral há uma semana, após uma disputa em torno do cadastro dos eleitores.

Os manifestantes em Bouake gritavam: "Não queremos Gbagbo", enquanto um grupo deles invadiu um prédio do governo e roubou equipamentos, segundo testemunhou um repórter da agência de notícias Reuters. Os saqueadores atearam fogo em pelo menos dois carros.

Na cidade de Gagnoa, no sudoeste do país, forças de segurança dispersaram manifestantes com gás lacrimogêneo um dia depois de abrir fogo e matar cinco pessoas.

Os embates de sexta-feira foram os primeiros a causar vítimas em uma semana de protestos, aumentando a tensão no momento em que a ira da população cresce diante de anos de adiamentos no calendário eleitoral.

Os militares confirmaram em cadeia nacional de TV que cinco pessoas foram mortas e nove foram feridas na sexta-feira.

Gbagbo disse em um comunicado no jornal estatal "Fraternité Matin" que restituiu temporariamente o ministro da Defesa, Michel N'Guessan Amani; o ministro do Interior, Désiré Tagro; e o ministro das Finanças, Charles Diby, para lidar com assuntos de governo enquanto o primeiro-ministro forma um novo gabinete.

O premiê Guillaume Soro, um ex-rebelde da guerra civil de 2002-2003 que dividiu o país em dois, deve montar um novo governo neste sábado, mas um assessor disse que este só será anunciado na segunda-feira (22).

A reforma da comissão eleitoral pode tomar mais tempo, e a Costa do Marfim certamente perderá o prazo de março para realizar eleições presidenciais, já atrasadas em quatro anos e meio.

Gbagbo dissolveu a comissão eleitoral após acusar seu chefe Robert Mambe de acrescentar nomes ilegalmente ao cadastro de eleitores para reforçar o voto da oposição.

Muitos marfinenses se tornaram descrentes de seus líderes após os anos de limbo político, durante os quais nem Gbagbo nem os rebeldes mostraram pressa para resolver a crise no país africano outrora próspero.
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