O corpo do deputado federal Adão Pretto (PT-RS) foi enterrado nesta nesta sexta-feira, no cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre. O parlamentar morreu ontem, aos 63 anos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje no velório do parlamentar, acompanhado por sete ministros --Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), Dilma Rousseff (Casa Civil), Tarso Genro (Justiça), Márcio Fortes (Cidades), Paulo Bernardo (Planejamento), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Altemir Gregolin (Pesca). 

O estado de saúde de Pretto piorou na madrugada de ontem, quando foi submetido a uma cirurgia para a retirada do pâncreas.

Desde o último dia 15, o petista estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Ele foi internado para o tratamento de uma crise de pancreatite.

Pretto foi um dos principais defensores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Nas comemorações de aniversário do movimento, o deputado afirmou que se não fossem as manifestações dos sem-terra, a evolução na política de reforma agrária no país seria mais lenta do que o registrado.

O deputado federal estava no seu sexto mandato na Câmara. O velório foi realizado na Assembleia Legislativa de Porto Alegre.

Nota
Em nota, o presidente Lula disse que o deputado foi um dos militantes de causas populares "mais ativos" que ele conheceu.

"Levava sempre para dentro do parlamento os anseios e as aspirações dos mais pobres e desamparados. Era respeitado inclusive pelos seus adversários", afirmou o presidente. Ainda segundo Lula, Pretto "nunca deixou de militar nas organizações dos trabalhadores, especialmente do campo".

O MST, também em nota, manifestou pesar pela morte do deputado. "Adão Pretto caracterizou-se pela defesa intransigente da reforma agrária. Mais que um parlamentar, Adão sempre foi um camponês, com seu jeito simples, honesto e contundente, mas acima de tudo um lutador."

Para a CPT (Comissão Pastoral da Terra), o deputado federal "soube dignificar seu mandato, sempre atento à defesa dos interesses das pessoas mais pobres e humildes".