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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Islândia autoriza extradição de Hosmany Ramos para o Brasil

A Suprema Corte da Islândia autorizou nesta semana a extradição do ex-médico Hosmany Ramos para o Brasil. O governo islandês já enviou ao Ministério da Justiça brasileiro as informações referentes à extradição já concedida. Procurado pelo G1, o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, confirmou a decisão nesta sexta-feira (26) e disse que aguarda a documentação encaminhada pelas autoridades da Islândia.


Hosmany Ramos foi preso no dia 13 de agosto do ano passado na Islândia com passaporte falso quando tentava embarcar para o Canadá. No Brasil, ele foi condenado a 43 anos de prisão por homicídio, sequestro e roubo. Preso desde 1981, o ex-médico cumpria pena no interior paulista. Depois de ser beneficiado por um indulto de Natal no fim de 2008, ele fugiu do país. Desde então, é considerado foragido da Justiça brasileira.

Em dezembro do ano passado, o país europeu já havia autorizado a vinda de Hosmany para o Brasil, mas como ele entrou com um recurso contra a decisão islandesa, sua extradição teve de ser analisada pela Suprema Corte daquele país. Antes disso, a Islândia já havia negado refúgio ao brasileiro. Com o recurso negado, Hosmany deve ser entregue a autoridades brasileiras em Reykjavík, capital da Islândia, nos próximos dias.

Tuma Júnior disse ao G1 que vai analisar toda a documentação da Islândia e que nos próximos dias o governo brasileiro tratará sobre a forma como Hosmany será conduzido para o Brasil. O secretário, porém, não sabe ainda a data em que a extradição será concretizada.

O destino de Hosmany Ramos no Brasil ainda não está definido. A princípio, o ex-médico deve ficar detido em um presídio no interior paulista. No entanto, o governo ainda deve analisar um pedido da defesa de Hosmany. O advogado Marco Antônio Arantes de Paiva disse ao G1 em dezembro que o ex-médico solicitou que fosse transferido, caso extraditado, para o estado de Tocantins.

Na ocasião, Paiva afirmou que se Hosmany voltar ao Brasil, ele terá de cumprir 22 anos de prisão e provavelmente perderá os benefícios conquistados até agora pelos 22 anos que já passou preso. “Vai começar a contar tudo de novo [...] Foi um péssimo negócio ter saído [do Brasil]”, disse o advogado.



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