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Segunda-feira, 03 de junho de 2024

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Chile precisará de empréstimos; reconstrução deve levar 3 a 4 anos

O Chile precisará de empréstimos internacionais e levará ao menos entre três e quatro anos para se recuperar do terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país no último sábado (27). O tremor matou ao menos 802 pessoas e devastou várias cidades.


"Sem dúvida, precisaremos de empréstimos estrangeiros", disse a presidente chilena, Michelle Bachelet, nesta quinta-feira. "Pediremos crédito e esperamos que os fundos disponíveis por meio do Banco Mundial e outros mecanismos sejam suficientes", afirmou.

Inicialmente, Bachelet afirmou que seu país seria capaz de arcar com os custos da reconstrução. No entanto, ela teria subestimado a proporção dos danos, estimados em cerca de US$ 30 bilhões [cerca de R$ 53 bilhões], ou 15% do PIB [produto interno bruto] do Chile.

O tremor e os tsunamis que ele originou devastaram cidades da costa chilena, causando graves danos nas regiões sul e central, incluindo a segunda maior cidade chilena, Concépcion.

O presidente eleito, Sebastian Piñera, que deve assumir o poder no próximo dia 11, anunciou um plano de quatro etapas para reconstruir o país, e assumiu que o terremoto deve alterar os rumos de seu governo.

"O futuro governo não será a administração do terremoto, mas da reconstrução", disse ele.

ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, deve visitar o Chile amanhã e avaliar os estragos, ao lado de Bachelet e Piñera.

Bachelet visitou Concépcion nesta quinta-feira, onde a eletricidade ainda está restaurada, seis dias após o tremor.

Aterrorizados com centenas de réplicas do tremor, habitantes organizaram abrigos em locais considerados mais seguros, enquanto as equipes procuram por sobreviventes e as forças de segurança tentam deter os saques e outros crimes.

Por enquanto, 802 mortes foram confirmadas, mas centenas de pessoas continuam desaparecidas, e a presidente já anunciou publicamente que o número ainda deve subir.

Em alguns locais, autoridades disseram que suspenderam as buscas por sobreviventes e estão priorizando a distribuição de ajuda humanitária.

"Nossa prioridade será dar auxílio aos vivos", disse Jaime Toha, do governo da região de Bio Bio, uma das mais atingidas pela tragédia.

Aeroporto

O aeroporto internacional de Santiago, parcialmente paralisado após o forte terremoto do último sabado (27), demorará de duas a três semanas para retomar 100 % de suas operações, disseram autoridades nesta quinta-feira.

A Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) informou que o aeroporto da capital chilena funciona com 65% de sua capacidade, cinco dias depois do terremoto.

'Segundo a previsão que nos deu o gerente-geral (do aeroporto), em duas a três semanas deveremos estar em 100 por cento da capacidade', disse à Reuters o secretário-geral da DGAC, Pablo Ortega.

Mais de 130 voos comerciais aterrissaram ou deixaram Santiago ao meio-dia desta quinta-feira.

'Sessenta e cinco por cento do total das operações normais estão servindo o fluxo de passageiros', afirmou Ortega.

Autoridades montaram salas de embarque improvisadas em tendas junto à pista. Um terminal utilizado normalmente para voos domésticos foi habilitado para saídas e chegadas internacionais. Ortega afirmou ainda que todas as companhias aéreas que operam no terminal estão programando a retomada de seus voos.
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