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Sábado, 20 de julho de 2024

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Piscinão vira paraíso em favela no Rio; governo desconhece origem da água

Um piscinão de água cristalina com cerca de 12 mil metros quadrados, no parque Serra da Misericórdia, virou atração e área de lazer para visitantes e moradores do complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio. A Secretaria Estadual do Ambiente do Rio, porém, desconhece a origem da água que formou a lagoa no alto da comunidade e em parceria com a Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio) realizou nesta quarta-feira uma vistoria no local.


De acordo com o presidente do Emop, Ícaro Moreno, o lugar chama a atenção por sua beleza, mas é preciso confirmar se existe lençol freático na região ou se a lagoa foi formada por acúmulo de água de chuva. Para isso, a Lafarge, empresa que administra a pedreira no local, realiza a drenagem no piscinão com a ajuda de três bombas.

Inea/Divulgação

Piscinão em pedreira na favela do Alemão; governo desconhece a origem da água que formou a lagoa no alto da comunidade
A Emop informou ainda que a Lafarge afirma que o terreno é industrial, e no local é feita mineração de brita, pedra que é usada para a fabricação do concreto. Também há chances do lago virar foco de dengue.

A hipótese levantada pela Emop é que as escavações podem ter atingido o lençol freático e este fato, somado à água da chuva recentemente acumulada, teria formado o grande lago. A assessoria do Emop disse, entretanto, que o esvaziamento do piscinão facilitará o trabalho dos especialistas para desvendar o que ocorreu. Não há previsão para o término da drenagem do lago.

Já a administração da pedreira informou que no local não existe lençol freático, que o terreno é feito apenas com pedra e, por isso, a água não escoa. Segundo a Lafarge, a água que está acumulada no buraco é apenas a da chuva.

A companhia informou que, desde o dia 7 de fevereiro, quando três funcionários foram mortos por traficantes da favela ao chegar para trabalhar, a pedreira estava desativada, sem que nenhum trabalho fosse feito no local, inclusive a drenagem da água, que antes era realizada periodicamente.

Segundo a assessoria da pedreira, os trabalhos foram retomados no fim de fevereiro, junto com a drenagem da água. A assessoria do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) informou que as fotos divulgadas seriam anteriores à retomada dos trabalhos da Lafarge. Segundo a pedreira, apenas credenciados pela empresa podem entrar no terreno.
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