Neste final de semana, o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR), percorreu de barco alguns trechos do rio Cuiabá na área urbana da capital e Várzea Grande.

Próximo a ponte Júlio Muller no bairro do Porto em Cuiabá o que se vê é desalentador. Plásticos presos aos sarans denunciam a quantidade de lixo que é jogado no rio. “Há 26 córregos na capital e Várzea Grande que se transformaram em canal de lixo. Muita gente joga sacos de lixo nestes córregos que vão desaguar no rio Cuiabá. Quando o rio baixa o cenário é triste”, afirmou Sérgio Ricardo.

“São muitos plásticos presos aos sarans e é incrível a quantidade de plástico e garrafas pets que descem o rio e vão bater lá no Pantanal”. O deputado também verificou que em razão da última cheia e a falta de reflorestamento das margens têm provocado assoreamento em alguns locais. Uma queda no barranco já compromete a Alameda Júlio Muller em Várzea Grande. “É preciso agir caso contrário a avenida será ‘engolida’ pela margem do rio”.

O deputado apresentou um projeto de lei que autoriza o Estado a desenvolver várias atividades para evitar o assoreamento dos leitos dos córregos e o despejo de lixo. “A gente quer o rio Cuiabá como era há décadas atrás onde havia fartura de peixes”, disse ao informar que é de sua autoria a lei que criou a primeira região metropolitana de Mato Grosso e que irá facilitar o aporte de ações e recursos para preservar o rio Cuiabá.

“O rio Cuiabá vai ser o cartão-postal da Copa do Mundo de 2014 que será realizada aqui. Esta imagem de abandono que estamos vendo hoje não pode ser o cenário daqui a 4 anos”, alertou. Sérgio Ricardo também verificou a atuação de dragas na chamada praia do Náutico em Várzea Grande.