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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Ex-reféns das Farc fracassam em eleições na Colômbia

A aspiração de cinco ex-reféns das Farc e do pai de um dos 23 militares em poder da guerrilha de chegar ao Congresso da Colômbia nas eleições de domingo foi um grande fracasso, já que apenas um deles conquistou a vaga.


Jorge Gechem, pelo partido do governo, alcançou uma cadeira, enquanto seus outros quatro companheiros de cativeiro, que se filiaram a partidos de oposição, não conseguiram nenhuma vaga, de acordo com os dados fornecidos nesta segunda-feira pelo organismo eleitoral colombiano.

Gechem, de 58 anos e que já havia sido senador entre 1990 e 1998, foi libertado pelas Farc em fevereiro de 2008.

Clara Rojas, sequestrada pela guerrilha junto com Ingrid Betancourt, que aspirava a uma cadeira do Senado pelo Partido Liberal, não conseguiu ser eleita.

Consuelo González, deixada em liberdade junto com Rojas em fevereiro de 2008, fracassou na tentativa de garantir uma vaga na Câmara de Representantes, também pelo Partido Liberal.

Luis Eladio Pérez, que recuperou a liberdade em fevereiro de 2008, brigou sem êxito por uma vaga no Senado pelo nascente movimento político Compromisso Cidadão, liderado pelo candidato à presidência Sergio Fajardo, ex-prefeito de Medellín.

O ex-deputado Sigifredo López, que foi libertado pelas Farc também em fevereiro de 2008, viu frustrado seu empenho de chegar ao Senado também pelo Partido Liberal.

Igual sorte teve Orlando Beltrán, que buscava uma cadeira na Câmara de Representantes com o movimento indepentente Opção Huila.

Beltrán também foi libertado em fevereiro de 2008, após uma mediação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Já o professor Gustavo Moncayo, pai do sargento Pablo Emilio Moncayo, refém das Farc há 12 anos e único familiar dos sequestrados a brigar por uma vaga no Congresso, não teve sucesso.

Moncayo, que conquistou reconhecimento nacional ao percorrer o país com correntes penduradas no pescoço e nas mãos, aludindo à condição de cativeiro de seu filho, aspirava ao Senado pelo partido da oposição Polo Democrático Alternativo (PDA).

Ainda que Moncayo não tenha chegado ao Congresso, possivelmente voltará a abraçar seu filho antes do fim desta semana, já que a liberação unilateral do filho de Moncayo e do soldado Daniel Calvo feita pelas Farc começou a ser concretizada após o compromisso do governo de facilitar essas entregas.
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