Militantes do PPS acabaram trocando socos durante encontro do diretório regional realizado na Assembléia Legislativa, no auditório Milton Figueiredo, nesta segunda-feira (15), quando lideranças do partido defendiam seus pontos de vista sobre quem apoiar para a candidatura de governador nas eleições de outubro.

A confusão começou quando o primeiro secretário do PPS, Elismar Bezerra, tentou defender a manutenção da aliança com o PSDB do prefeito Wilson Santos, pré-candidato ao governo do Estado.

Os militantes que estavam na platéia reagiram contra os argumentos utlizados por Elismar Bezerra e passaram a hostilizá-lo, inclusive com palavrões e o tacharam de "canalha", por não ter um histórico de militância no partido e de fazer "acordos obscuros".

Em seu discurso, Elismar pregou que a má condução da agremiação por parte do presidente regional do PPS, deputado estadual Percival Muniz, tem gerado o enfraquecimento da agremiação. "O PPS não discute uma chapa proporcional e nem sabe se tem candidato a senador", discorreu.

Dessa forma, Elismar, que atualmetne tem um cargo no gabinete de Percival Muniz, pôs-se totalmente em oposição ao discurso do parlametar que, por sua vez, considera-se abandonado pelo governador Baliro Maggi (PR).

"Blairo Maggi foi ruim para quem? Para o Percival não foi. Ele teve apoio total do governador e indicou quem bem entendeu. Só não indicou o colega de partido", bradou Elismar, enquanto parte da platéia o escarnificava.

E de nada adiantaram os apelos do presidente regional do PPS, Percival Muniz, para que os militantes deixassem Bezerra concluir o discurso. Foi então que militantes do PPS de Cuiabá passaram a defender Elismar e partiram para agressão física contra aqueles que o hostilizavam, num clima de baixaria.

Depois a turma do deixa disso entrou em cena e apartou a briga, em poucos instântes, segundo fontes da agremiação, que se dizem perplexas com o comportamento das duas facções.

Após os ânimos se acalmarem, Percival, concedeu novamente a palavra a Elismar Bezerra e voltou a ser duramente criticado. O secretário do partido tentava, de todas as formas, desconstruir a imagem de liderança do parlamentar e, ao mesmo tempo, o associava a um ditador.

"Já nos enfiaram muito a coisa goela abaixo, mas agora não, vamos debater os candidatos", concluiu Elismar.

Atualizada às 00h05/Segunda atualização às 00h33