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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Suspeito de matar Glauco diz querer saber se teve 'informação divina'

O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, suspeito das mortes do cartunista Glauco Villas Boas e do filho dele, Raoni, ocorridas na última sexta-feira (12), reafirmou na tarde desta segunda-feira (15) que cometeu os crimes. “Eu quero só tirar a teima se eu estou louco ou se recebi uma informação divina mesmo", disse ao seguir para o Instituto Médico-Legal (IML), onde realizou o exame de corpo de delito. Ele está preso na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná.


A mulher e a enteada de Glauco e a viúva de Raoni chegaram para depor em uma delegacia de Osasco, na Grande São Paulo, pouco depois do meio-dia. A mulher do cartunista, Beatriz Galvão, foi a primeira a sair. As outras duas foram embora com o advogado da família, Ricardo Handro. “O que a família agora quer é que seja feita justiça”, disse ele.

No meio da tarde, João Pedro Corrêa da Costa, amigo de Raoni, também prestou depoimento. Ele mora na chácara e testemunhou os assassinatos. “Eu vi o rapaz atirar a sangue frio e percebi, inclusive, que é uma pessoa que sabia atirar e que tinha premeditado mesmo o que ele tava fazendo”, afirmou.

Felipe de Oliveira Iasi, o estudante que levou Cadu até a chácara, deverá ser ouvido novamente. Segundo o delegado, o depoimento dele não bate com o que disseram as testemunhas ouvidas esta tarde. Todos afirmaram que o jovem deixou a chácara junto com o suspeito.

Mas o mais importante para a polícia foi a prisão de Nunes. “Ele, no mínimo, vai responder por 3 crimes: duplo homicídio aqui em São Paulo, roubo ao veículo também em São Paulo, a tentativa de homicídio e outros crimes que o delegado pode ter apurado lá em Foz do Iguaçu”, afirmou o delegado Archimedes Veras Júnior.

O suspeito foi preso pela Polícia Federal na noite de domingo (14) na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Durante a perseguição, ele trocou tiros com os policiais e feriu um agente. A arma foi a mesma usada para matar Glauco, Raoni e roubar o carro para a fuga. O roubo aconteceu no domingo (14), ainda na capital paulista.

Confissão
A defesa de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes questiona a validade da confissão do seu cliente feita à Polícia Federal do Paraná e a equipes de TV. No vídeo, Cadu confessa o crime, cometido sexta-feira (12), em Osasco. “O estado dele [Cadu] não aparenta normalidade, o que leva dúvidas sobre a validade da confissão”, disse o advogado Gustavo Badaró, na tarde desta segunda, por telefone, ao G1. O defensor questionou principalmente o depoimento de seu cliente em vídeo. “Toda confissão é um ato de vontade livre, mas naquela imagem da TV ele estava alterado. Por isso, não posso afirmar que ele realmente confessou o crime.”
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