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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Xuxa diz que emenda de royalties

Em discurso para a multidão que participa da manifestação "Contra a Covardia! Em Defesa do Rio!", a apresentadora Xuxa disse que o autor da emenda que muda a distribuição da verba do petróleo, o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), "não sabe nada". A Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, foi ocupada por cerca de 200 mil pessoas, de acordo com números da organização do evento (governo do Estado). Mas a Polícia Militar estima que 150 mil participam de evento.


- Esse é o lugar que escolhi para viver. É uma injustiça. O Rio precisa disso [verba dos royalties] e essa pessoa que inventou isso [emenda] não sabe nada. Vamos dizer sim para o Rio.

Além da apresentadora, a atriz Letícia Spiller, que está na novela "Viver a Vida" e que também já dividiu os palcos com Xuxa como paquita, também discursou em defesa dos royalties para o Estado.

-O petróleo é nosso. O Rio é o cartão postal do Brasil. Precisamos desse dinheiro para a segurança. Perder esse dinheiro é andar para trás e eu não quero andar para trás.

Lucinha Araújo, mãe do cantor morto Cazuza e fundadora da fundação Viva Cazuza lembrou em discurso os versos do filho.

- Vamos pedir piedade, senhor piedade, pra essa gente careta e covarde. Viva o Rio.

Caixão e xingamentos

O deputado Ibsen Pinheiro, autor da emenda que propõe redistribuir os royalties do petróleo, ganhou um caixão, que será levado pelas ruas do Centro do Rio, um boneco de Judas e é xingado pelas pessoas que estão na Candelária, local da concentração para a passeata "Contra a Covardia! Em Defesa do Rio!".

Procurado pela reportagem do R7, o deputado afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o povo do Rio já foi às ruas antes. Por meio de nota, ironizou:

- Foi quando o povo do Rio saiu às ruas contra o sanitarista Osvaldo Cruz e a sua vacina. O povo saiu às ruas pela manutenção da varíola.

Políticos começam a discursar e já é grande a participação de pessoas ligadas aos partidos políticos, movimentos religiosos e organizações como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Jovens distribuem bandeiras do Rio de Janeiro e fazem pintura nas cores azul e branca (cores do Estado) nos rostos de quem chega ao local da concentração, na Candelária.

Ponto facultativo

O Estado e o município do Rio decretaram ponto facultativo nas repartições públicas a partir das 15h desta quarta-feira. Em municípios mais distantes da capital, como Campos, por exemplo, o ponto facultativo será integral para que os servidores possam viajar para a manifestação.

A CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) montou um esquema especial de trânsito. Painéis de mensagens variáveis, posicionados em vários pontos da cidade, orientarão os motoristas em relação às interdições e ao evento. Além disso, 280 agentes da Guarda Municipal e 50 agentes de tráfego da CET-Rio vão atuar na região.

A partir das 14h, será interditada a pista lateral da avenida Presidente Vargas, sentido Centro, no trecho entre a avenida Passos e rua Uruguaiana, e entre a rua Uruguaiana e a avenida Rio Branco.

A partir das 15h, todo o eixo e transversais da avenida Rio Branco estarão interditadas ao tráfego de veículos, no trecho entre a rua Visconde de Inhaúma e a avenida Presidente Wilson, assim como o entorno da Candelária e a alça de acesso da avenida Perimetral para a avenida Presidente Vargas.

A avenida Marechal Floriano também será interditada ao tráfego de veículos, no sentido para a avenida Rio Branco, inclusive com proibição de estacionamento em todo o perímetro a partir das 5h.

Polêmica

A emenda aprovada pela Câmara dos Deputados diminui a receita dos Estados produtores de petróleo: São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

No Rio, o prejuízo será de cerca de R$ 2 bilhões para os municípios e R$ 5 bilhões para o Estado. Segundo o governador Sérgio Cabral, a mudança vai parar o Estado, que não terá mais recursos para investir em educação, saneamento, entre outras áreas que são beneficiadas pela verba proveniente dos royalties.

- Saem R$ 5 bilhões do Estado e eles têm que ser repostos. Nós vamos perder mais do que tudo que o Estado investiu em 2009, que foi cerca de R$ 4 bilhões. Tirou esse recurso, acaba o investimento. Acabou tudo. Não é exagero, não. O Estado para.

O caso ainda terá que passar por aprovação do Senado e do presidente Lula. A última alternativa é o Supremo Tribunal Federal
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