Candidatos que se inscreveram para as vagas de agentes de trânsito na cidade de Barra do Garças protestam sobre a pouca divulgação para o prazo de entrega de currículos e o método escolhido para a selecionar os agentes. O prazo para a entrega de documentos terminou na sexta-feira (19) e a escolha dos novos agentes será através de análise curricular.
O vereador Odorico Kiko(PT) informou que foi procurado por vários candidatos que estão temerosos e sugeriu que a escolha dos “amarelinhos” para atuar no trânsito seja através de uma prova seletiva. “Um teste seletivo é mais transparente e evita comentários sobre QI, ou seja, quem indica” frisou o petista.
Segundo o vereador, a preocupação da população é sobre quais serão os critérios analisados nos currílos para a seleção, pois a dúvida da comunidade é de que escolhidos possam ser apadrinhados por vereadores, secretários ou correligionários próximo ao prefeito. “Eu entendo que o teste é mais democrático e transparente e evitaria comentários nesse sentido” ponderou Kiko.
Entretanto, a prefeitura manteve o edital com análise de currículos para selecionar 10 vagas para agentes de Trânsito, previstos para atuarem por 40 horas semanais, salários iniciais de 547,00.
Outro questionamento do parlamentar é quanto ao número, que a seu ver talvez seja pequeno para atender o trânsito de Barra com 18 mil veículos.
A criação dos amarelinhos foi uma sugestão do Ministério Público de Barra do Garças que vetou a proposta do prefeito Wanderlei Farias que queria contratar uma empresa privada de segurança para cuidar do trânsito local. Na época, o promotor Marcos Brantz foi taxativo em dizer que era inconstitucional delegar pode de polícia para entidades particulares. Brantz sugeriu a criação de uma guarda municipal ou agente municipal de trânsito através de concurso público ou prova seletiva. Todavia, a prefeitura preferiu arriscar no método de análise de currículo que está causando polêmica.
A intenção da prefeitura é organizar o trânsito. Os amarelinhos terão função policial e vão multar os infratores que dirigirem falando ao celular, estacionarem em lugar proibido, pilotar sem capacete ou viseira, velocidade e trafegar por via proibida.