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Domingo, 26 de maio de 2024

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Irmão de Isabella pode ter marcado porta com sangue, diz perita

A perita criminal Rosangela Monteiro disse, nesta quarta-feira (24), em depoimento no julgamento da morte Isabella Nardoni no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, ter deduzido a partir da análise da cena do crime que uma marca de sangue encontrada em uma porta do apartamento do casal Nardoni pode ter sido feita por um dos irmãos da criança.


Rosangela confirmou que as marcas (três pontos de impressão digital) são de sangue, mas que não foi possível identificar de quem por falta de material suficiente. Ela defendeu que a altura em que estava a marca - abaixo da maçaneta– indica que ela foi feita por uma criança.

Questionada pela defesa se ela tinha certeza de que a marca fora feita por um dos irmãos de Isabella, Rosangela disse não poder afirmar isso, mas que as pontas de dedo indicam que são de uma criança. Para ela, um dos irmãos pode ter tido contato com sangue e feito a marca.

Rosangela disse descartar que a mancha tenha sido feita por Isabella, porque a marca não faz parte da dinâmica do crime analisada pela polícia - a criança subiu carregada pelo pai, foi lançada perto do sofá e, depois, jogada pela janela do quarto dos irmãos, segundo o laudo.

Por pouco mais de duas horas, a assistente de defesa do casal Nardoni Roselle Soglio procurou questionar a perita sobre possíveis contradições, falhas e inconsistências no laudo que aponta a dinâmica da morte de Isabella.


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Ela questionou detalhes, como quantas vezes a perita voltou ao apartamento dos Nardoni para complementar a perícia e quantas reuniões fez com os médicos legistas para fazer o laudo, além de cobrar explicações sobre como Rosangela chegou a algumas conclusões que estão no laudo.

Terceiro dia

O terceiro dia do julgamento do caso Isabella foi encerrado às 19h dessa quarta-feira, sem que os réus Alexandre Nardoni, 31, e Anna Carolina Jatobá, 26, começassem a ser ouvidos.

Nardoni e Anna Carolina, pai e madrasta de Isabella, são acusados de jogar a menina, de cinco anos, do sexto andar do edifício London, na zona norte, na noite de 29 de março de 2008. Eles negam a autoria do crime.

O juiz Maurício Fossen decidiu encerrar as atividades após os advogados do casal Nardoni anunciarem a dispensa de oito das dez testemunhas exclusivas da defesa. Na sequência, Fossen avaliou a possibilidade de acareação entre Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, e os Nardoni. Ele chegou a negar o pedido da defesa, mas em seguida voltou atrás.

Fossen decidiu reconsiderar quando estava fundamentando a decisão com base na lei 11.689/08, que alterou os procedimentos durante o tribunal do júri, que só permitia a acareação entre testemunhas. O juiz percebeu que esta lei feria o direito constitucional de plenitude de defesa e optou por mudar sua decisão.
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