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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Política BR

Padilha diz que Lula convencerá ministros indefinidos a ficar no governo

Às vésperas de mais de dez ministros deixarem o governo federal para disputar as eleições de outubro, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse nesta segunda-feira que a orientação do Palácio do Planalto é separar as ações de governo daquelas vinculadas às campanhas eleitorais. Padilha disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai continuar governando em ritmo similar ao atual, mesmo com baixas no primeiro escalão do governo.


"O presidente quer manter continuidade nas ações de governo. O tom é que a saída dos ministros separa ação de governo da campanha. Ele quer tocar o governo, há muita coisa a ser feita ainda este ano. Os ministros-candidatos vão sair para que, quem fique no governo, fique para trabalhar", disse.

Em meio à indefinição de vários ministros sobre a permanência no governo ou a desincompatibilização dos cargos para que possam disputar as eleições de outubro, Padilha afirmou que Lula costuma convencer os "indefinidos" a permanecer no primeiro escalão do governo.

Sem adiantar se o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai ficar no cargo ou se desincompatibilizar, Padilha disse que o economista deve se reunir com o presidente amanhã para discutir sua permanência no cargo.

"Quem chega indefinido, o presidente convence a ficar. Como o presidente não vai a Pernambuco amanhã, pode ter tempo de conversar com o presidente [Meirelles] para tomar essa decisão junto com ele", disse o ministro.

Lula cancelou a inauguração de uma fábrica da rodovia Tranordestina em Salgueiro (PE), prevista para amanhã, depois que assessores do Palácio do Planalto verificaram que a obra não estava concluída.

A legislação eleitoral estabelece o dia 3 de abril como data-limite para que os candidatos em outubro deixem os cargos ocupados no Poder Executivo federal, estadual ou municipal. Com o prazo, há uma esperada debandada no primeiro escalão do governo a partir de amanhã --como a ministra Dilma Rousseff (casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, que encerra na quarta-feira suas atividades no cargo.

Segundo Padilha, o presidente vai participar de atos de campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fora do seu horário de expediente ou nos finais de semana --como é previsto pela legislação eleitoral. O cronograma e o planejamento dos atos eleitorais com a participação do presidente, de acordo com o ministro, serão definidos pela coordenação da campanha petista.

Governadores

Lula recebeu nesta segunda-feira cinco governadores que vão deixar os cargos até o final desta semana para disputar as eleições de outubro: Eduardo Braga (Amazonas), Wilma Faria (Rio Grande do Norte), Wellington Dias (Piauí), Ivo Cassol (Rondônia) e Waldez Góes (Amapá).

Segundo Padilha, Lula vai reunir os futuros ex-governadores em um jantar nas próximas semanas para discutir a participação de cada um na campanha de Dilma ao Palácio do Planalto. "A ideia do presidente é envolvê-los no plano nacional, não apenas em seus Estados", afirmou.

Na conversa, Lula defendeu que Dias dispute uma cadeira no Senado, embora o governador tenha demonstrado a disposição de concluir o mandato sem disputar cargos nas eleições de outubro.
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