O PMDB não buscará mais espaço na administração do vice-governador Silval Barbosa, pré-candidato ao governo do Estado nas eleições de outubro, que assumirá o comando do Palácio Paiaguás a partir de amanhã em substituição a Blairo Maggi, candidato a uma das duas vagas de senador.
"O PMDB não quer mais cargos, primeiro quer ganhar as eleições para depois implementar suas ações governamentais, especialmente nas áreas de educação, saúde e na valorização dos servidores", declarou o presidente regional do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra, em entrevista para o
Olhar Direto.
Cacique maior do PMDB, Bezerra foi o responsável por uma emenda de R$ 41,7 milhões para obras de infraestrutura na região metropolitana, área formada pelos municípios da Baixada Cuiabana, considerada o calcanhar de Aquiles de Silval Barbosa.
Para o líder peemedebista, assim que assumir a vaga de Maggi "Silval mostrará para o eleitor que é capaz de conduzir o Estado sem traumas e implementando sua marca de governo". E trabalho não vai faltar, pois servidores de várias categorias já se mobilizam para protestar contra o que chamam de descaso da gestão Maggi.
Além de não "querer mais cargos", o 'PMDB de Bezerra', de certo modo, deixa Silval mais a vontade em termos políticos. Bezerra tem forte desgaste em Cuiabá, maior colégio eleitoral de Mato Grosso e uma aproximação mais forte com Silval não é bem vista nos bastidores da aliança governista, muito embora ninguém alardeie isso com propriedade.