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PMDB retoma poder após 19 anos, um mês e 21 dias

31 Mar 2010 - 18:40

Da Redação - Alline Marques e Marcos Coutinho

A posse de Silval Barbosa como governador representa o retorno do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ao comando do Palácio Paiaguás depois de 19 anos, um mês e 21 dias anos sem estar no poder.



O primeiro e último peemedebista eleito chefe do Executivo Estadual foi Carlos Bezerra em 1986, que sequer concluiu o mandato, pois saiu em maio de 1990 para disputar a vaga de senador, deixando o cargo para o vice Edison de Freitas.

Freitas também não terminou o mandato, visto que sofreu um derrame cerebral durante um vôo de ultraleve na região da Chapada dos Guimarães, o que resultou num acidente aéreo e teve de renunciar em 10 de fevereiro de 1991. Com a fatalidade, o presidente da Assembleia Legislativa da época, Moisés Feltrin, do extinto PFL (atual DEM), assumiu o governo por 34 dias.

Agora, Silval, além de assumir o governo, tentará se reeleger e manter-se no cargo de governador por mais quatro anos. Para isso, toda a militância do PMDB e os partidos aliados terão que trabalhar, desde já, para reeleger Barbosa, uma vez que não poderá mais disputar a reeleição em 2014. Isso porque ele foi eleito vice junto com Blairo Maggi, sendo a eleição de 2010 considerada a sua segunda disputa ao governo.

No staff de Silval, até o momento apenas dois peemedebistas compõem o secretariado: a primeira-dama Roseli Barbosa, que assume a Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, e Osmar Carvalho, na Comunicação. Porém, o médico Kamil Fares que comandará a Saúde deixou o PSDB e deverá filiar-se ao PMDB, sendo o terceiro peemedebista no governo.

Com o retorno do PMDB ao comando do Paiaguás resta à sociedade torcer para que tudo acabe bem, pois a primeira administração peemedebista terminou de forma dramática, sobretudo para o funcionalismo público que amargou cinco meses de salários atrasados e repetiam os seguintes refrões: "Governo salafrário, cadê o nosso salário... é ou não é piada de salão, governo popular tá com medo do povão". Assim, mais de 3mil servidores entoavam uníssono, enquanto sitiavam o Palácio Paiaguás, na final da gestão Carlos Bezerra/Edison de Freitas.

Além disso, havia graves problemas de relacionamento com os outros poderes (Judiciário e Legislativo) em função de atrasos dos duodécimos. Porém, agora, Silval tem tudo para não repetir o mesmo erro, pois o nível de tensão entre o governo e o servidor público é infinita vez menor do que o quadro em 1990.

Alias, é bom ressaltar, que a posse de Silval ocorreu sem nenhum protesto do funcionalismo, principalmente dos servidores da área instrumental e da saúde que voltaram as atividades nesta quarta-feira (31), graças à intervenção dos deputados José Riva (PP), Dilceu Dal Bosco (DEM) e Mauro Sávi (PR). Os parlamentares agiram freneticamente nos bastidores para sensibilizar Blairo Maggi e Silval Barbosa a abrirem conversações com as categorias insatisfeitas.

A proposta encaminhada aos servidores pelo governo no final da tarde de ontem foi aceita e acabou com a greve. Hoje estão na Assembleia Legislativa para garantir a votação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

Contudo, Silval ainda terá de administrar a relação com agentes de tributos fiscais (ATF’s) e agentes fiscal de tributos estadual (AFTE), delegados e servidores da cúpula do funcionalismo público, que não tiveram a verba indenizatória inserida em seus salários. Também é certa a insatisfação dos professores que cobram o aumento do piso salarial para R$ 1.730, porém estão dispostos a aceitar um salário de R$ 1.024.

Silval terá de fazer campanha com um olho nos adversários e outro nos focos de tensão que poderão surgir do seio do funcionalismo público estadual.

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