O vice-prefeito Aumeri Bampi (PT), o secretário de Finanças, Silvano Amaral, e o de Administração, Alcione de Paula, voltam a se reunir com integrantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Sinop nesta quinta-feira, de manhã, na prefeitura, para dar andamento nas negociações e tentar por fim à greve geral no município, que está no oitavo dia.
Silvano Amaral disse, ao
Olhar Direto, que o objetivo é buscar alternativas e debater duas propostas que estão em andamento. “Vamos detalhar aos servidores a situação financeira da prefeitura e analisar a contraproposta que nos foi enviada pelo sindicato. Se dependesse de nós, gostaríamos de conceder aumento real para todos os servidores, mas temos que trabalhar com as possibilidades financeiras que temos e elas apontam que nesse momento é mais viável contemplar 50% dos servidores com aumento além da inflação”.
Já o presidente do sindicato, Adriano Perotti, afirmou à reportagem que não está descartada a proposta do prefeito Juarez Costa, em conceder aumento diferenciado para metade dos trabalhadores. “Inicialmente vamos lutar pela proposta que apresentamos ontem, mas de qualquer maneira a proposta do Executivo em dar ganho real a 33 cargos não está descartada”.
Conforme Adriano, caso a prefeitura descarte o novo pedido do sindicato, que é de aumento de 7.61% dividido em duas parcelas, mais 2% adicional de tempo de serviço, os servidores tentarão que o gestor municipal melhore a oferta do executivo. “Entendemos que o aumento de até 20% para quem ganha salário base é muito bom e isso não pode ser desconsiderado, mas acreditamos que é possível ele (Juarez) melhorar o aumento linear (4.11%) em mais um ou dois pontos porcentuais”.
Nesta quinta, às 16h, haverá assembléia geral na sede do sindicato para debater a proposta do prefeito e os possíveis avanços conseguidos na reunião da manhã. Ambos os lados têm pressa em solucionar a greve no mais tardar na segunda-feira de manhã, já que até terça, seis de abril, a lei concedendo o aumento deve ser aprovada na câmara.
Como a prefeitura está na margem dos 52% de limite prudencial imposto pelo Tribunal de Contas do Estado para gastos com folha de pagamento, a administração já anunciou que cortará 43 cargos comissionados e baixará o salário de outros 251 para atender a demanda com aumento real, que para os 1495 servidores da proposta do Executivo será de R$ 180 mil mensais.
