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Sábado, 04 de maio de 2024

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Presidente afegão critica Ocidente por restrições a eleição

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, acusou na quinta-feira o Ocidente de ter tentado arruinar as eleições no seu país, intensificando um embate com o Parlamento sobre a conveniência de uma supervisão estrangeira na eleição parlamentar deste ano.


A reputação internacional de Karzai foi abalada depois que uma comissão patrocinada pela Organização das Nações Unidas anulou um terço dos votos dados a ele na eleição presidencial do ano passado. Agora, ele tem atritos com a ONU e com o Parlamento a respeito das medidas a serem adotadas para evitar fraudes na eleição parlamentar de setembro.

"Os estrangeiros vão arrumar pretextos, eles não querem que tenhamos uma eleição parlamentar", disse Karzai em tom desafiador numa reunião com autoridades eleitorais. "Eles querem que o Parlamento fique enfraquecido e abalado, e que eu seja um presidente ineficaz e que o Parlamento seja ineficaz", afirmou.

Aparentemente referindo-se às eleições presidenciais de 2009, ele afirmou que o pleito havia sido "ameaçado pelo terrorismo" e "sofrido enorme interferência dos estrangeiros".

"Algumas embaixadas também tentaram subornar os membros da comissão", acusou.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, P.J. Crowley rejeitou as acusações de Karzai. "Não aceitamos esse julgamento", afirmou.

O importante, segundo ele, é que Karzai seja visto por seu povo como um governante efetivo, e que tome medidas "mensuráveis" contra a corrupção. "Karzai tem de dar um passo à frente", cobrou.

O presidente afegão citou especificamente Peter Galbraith, ex-diretor-adjunto da missão da ONU em Cabul, demitido após acusar seu chefe de fazer vista grossa às fraudes eleitorais, e o general francês Philippe Morillon, chefe da missão de monitoramento eleitoral da União Europeia.

"Houve fraude na eleição presidencial e provincial, sem dúvida houve uma enorme fraude. Não foi uma fraude por parte dos afegãos, mas a fraude dos estrangeiros, a fraude de Galbraith, de Morillon, e os votos da nação afegã estavam sob controle de uma embaixada", disse Karzai.

Ele acusou Galbraith de ter alertado uma autoridade eleitoral de que estaria "cavando a própria sepultura" caso Karzai fosse declarado vencedor no primeiro turno - o que não ocorreu. Sobre Morillon, o presidente o acusou de tentar bloquear o anúncio dos resultados, de modo a forçar Karzai a aceitar uma aliança política.

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