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Sábado, 20 de julho de 2024

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'Só pode estar brincando', reage Silvana, avó de Sean

"Ela só pode estar brincando", reagiu a avó materna do menino Sean Goldman, Silvana Bianchi, após saber da declaração da advogada americana que representa o pai David Goldman, que ganhou a guarda da criança na justiça brasileira. Segundo Patricia Apy, seu cliente quer permitir o acesso da família brasileira ao filho, desde que sob a orientação de um psicólogo.


Declarando-se surpresa, Silvana Bianchi, que chegou ao Rio dos Estados Unidos na noite de domingo (4), depois de tentar durante dez dias ver o neto, comentou:

“Não dá para levar a sério uma pessoa dessa. Ela sabia que eu estava voltando, ela esteve comigo na quinta, na Corte. Ela esteve lá e defendeu que a nossa presença ia interferir nas relações de pai e filho”, declarou a avó.

Em Nova York, a advogada declarou nesta segunda (5): "Nós dissemos a Silvana e ao marido dela em janeiro que haveria um processo para lidar com a relação com a família materna, que é complexo porque David está conhecendo Sean”, disse Apy. “Este é um processo em que eles também devem estar envolvidos”, completou.

Filho de David Goldman com a brasileira Bruna Bianchi, Sean nasceu nos Estados Unidos, onde viveu por quatro anos. Em 2004, Bruna levou o filho para passar férias no Brasil e decidiu ficar. Ligou para David, pediu o divórcio e avisou que Sean permaneceria com ela.

Bruna tinha a guarda da criança, se casou novamente com o brasileiro João Paulo Lins e Silva, mas morreu em 2008, depois do parto da filha.

David Goldman conquistou na Justiça brasileira a guarda definitiva do filho em dezembro do ano passado, após uma arrastada batalha judicial. A avó de Sean retornou na noite do domingo (4) ao Brasil, após dez dias nos EUA, dizendo que nem mesmo teve a chance de ver o neto ( veja reportagem em vídeo ao lado ).

Silvana afirmou que vai se reunir com os advogados que cuidam do caso nesta segunda-feira à noite, e eles irão orientá-lo sobre o que fazer na situação. Ela disse que irá aguardar a conversa com eles para decidir se retorna aos Estados Unidos.

Silvana e o marido, que segundo a AP já haviam comprado uma casa em New Jersey, onde o garoto vive com o pai, chegaram a encontrar David Goldman e um psicólogo.

Segundo a advogada de Goldman, como o encontro não resultou numa permissão imediata para visitar Sean, os avós deram entrada a um pedido de emergência na Justiça para ver o neto.

Um juiz negou o pedido na semana passada justificando que o caso não podia ser qualificado como uma emergência – e agendou uma nova audiência para tratar do assunto em maio.

“Eu disse a ele [Sean] que faria qualquer coisa para visitá-lo”, disse a avó. “Eu disse que sentia muito a falta dele e ele me perguntou: ‘Quando você vem me ver?’”

O advogado da família nos EUA, Jonathan Wolfe, disse que o casal recorreu à Justiça porque as outras tentativas para ver o neto falharam. Para o advogado, os avós são a ligação de Sean com a mãe [Bruna Bianchi, que morreu em 2008], a pequena irmã e a cultura na qual viveu por 5 anos.

“É uma situação triste e uma situação terrível para este menino”, disse o advogado. “Você não pode simplesmente apagar este lado da família dele.”

Segundo a advogada do pai de Sean, o garoto está se adaptando bem à nova vida com o pai e tem ido bem na escola.

De acordo com Patricia Apy, David Goldman não quer dar entrevistas sobre o assunto e também teria pedido que os avós do garoto não falassem mais sobre o caso na mídia
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