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Mortes em confronto com a polícia no Quirguistão atingem 100, diz oposição

07 Abr 2010 - 11:57

G1, com informações de Associated Press, Reuters, AFP e EFE

O número de manifestantes mortos em confrontos com a polícia do Quirguistão é de cerca de 100 pessoas, disse nesta quarta-feira um líder da oposição no país.


Foi confirmado que pelo menos 17 pessoas morreram durante violentos confrontos entre manifestantes e a polícia em Bishkek, onde milhares de pessoas cercavam a sede da presidência.

Mais de 180 pessoas ficaram feridas na confusão, segundo o governo. Manifestantes atearam fogo ao prédio da Procuradoria Geral e saquearam a sede da TV estatal.

Segundo agências de notícias, o ministro do Interior, Moldomusa Kongatiyev, foi morto durante os confrontos na cidade de Talas, no noroeste do país.

O primeiro-ministro quirguiz, Daniyar Ussenov, decretou estado de emergência em todo o país.

No início da tarde, entre 3.000 e 5.000 manifestantes se reuniram ao redor da sede da presidência para exigir a renúncia do chefe de Estado, Kurmanbek Bakiev.

Os manifestantes partiram do local de encontro da oposição pouco depois de confrontos com a polícia.

Tiros foram ouvidos e os manifestantes também assumiram o controle de vários veículos blindados da polícia.

Três líderes da oposição - entre eles o ex-candidato à presidência Almazbek Atambayev - foram detidos e acusados de crimes graves.

Além de Atambayev foram presos o presidente do Parlamento quirguiz, Omurbek Tekebayev, e o vice dele, Bolot Cherniazov.



"Que tipo de negociação podemos ter se eles matam seu próprio povo?", disse o líder oposicionista Toktoaim Umetaliyeza.

O governo da Rússia pediu às autoridades do Quirguistão que não recorram à força contra os manifestantes.

O presidente Bakiev assumiu o poder há cinco anos, após uma revolução que teve início com manifestações semelhantes. Desde então, muitos aliados do chefe de Estado passaram à oposição. Eles acusam Bakieve de nepotismo e autoritarismo.

As autoridades denunciam que os opositores - que também exigem a libertação de seus líderes detidos nas últimas 24 horas - estão armados com paus, barras, pedras e coquetéis molotov.

Na véspera, mais de 80 policiais ficaram feridos na cidade de Talas, ao oeste de Bishkek, em enfrentamentos com manifestantes, que ocuparam a administração da região e reivindicaram a renúncia do presidente desse país, considerado o mais pobre de Ásia Central.
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