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Sábado, 20 de julho de 2024

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‘Isso é nome de alguma doença?’, diz Alencar sobre expressão ‘Dilmasia’

Isso [Dilmasia] é nome de alguma doença? Eu não tenho mais idade pra estar pelejando com doença nova, não. Eu já tenho essas doenças antigas que estou brigando contra elas há quanto tempo? Pelejar como?"


Depois de anunciar a decisão de não ser candidato em outubro, o vice-presidente da República, José Alencar, fez uma análise do quadro de alianças em Minas Gerais e aproveitou para fazer uma leve crítica à união de “facções antagônicas” durante o período eleitoral. Sobre a expressão “Dilmasia”, utilizada pela pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, para fazer um afago ao candidato do PSDB ao governo do estado Antonio Anastasia, Alencar ironizou: “Isso [Dilmasia] é nome de alguma doença? Eu não tenho mais idade pra estar pelejando com doença nova, não. Eu já tenho essas doenças antigas que estou brigando contra elas há quanto tempo? Pelejar como?”

Na quarta-feira (7), durante entrevista a uma rádio de Minas Gerais, Dilma foi questionada sobre a possibilidade de ocorrer na eleição deste ano algo semelhante ao registrado em 2002 e 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu a disputa para presidente, e Aécio Neves (PSDB), para o governo do Estado. Agora seria Dilma presidente e o tucano Antonio Anastasia para o governo, o que estaria sendo chamado de "Dilmasia" no estado. "Espero que a gente aqui em Minas Gerais tenha a melhor relação possível. A gente não escolhe a forma pela qual o povo monta as alianças. É possível que ocorra. Como houve o 'Lulécio', [é possível existir] a 'Dilmasia'. Eu acho até melhor a inversão, né? 'Dilmasia' é meio esquisito. Anastadilma, qualquer coisa assim", brincou Dilma.

Tão logo ganharam destaque na imprensa, as declarações de Dilma provocaram polêmica entre os partidos da base aliada, que enxergam o candidato tucano como rival na disputa pelo comando do governo mineiro.

Sem entrar diretamente no mérito das declarações de Dilma, Alencar disse que iria trabalhar para construir uma aliança inteligível no estado. “A minha parte em Minas será ajudar para fazer uma aliança bem constituída e inteligível”, afirmou Alencar. “Há determinados casos que a gente conhece, de facções antagônicas historicamente que, às vezes, se unem em uma eleição e o povo não entende aquilo. Pensa que o povo vai aplaudir e o povo não aplaude, não. O povo está acostumado durante uma vida a ter lado também. Então isso não pode existir”, complementou.

Apesar da leve crítica, Alencar elogiou Dilma afirmando que a ex-ministra da Casa Civil era “competente” e seria “muito feliz na campanha”. “Tenho observado que o trabalho dela é admirável. Não só é bem informada de tudo (o que acontece no governo) como se dedica. Porque a Casa Civil é uma espécie de superintendência. Todos os casos dos ministérios passam pela Casa Civil. Então, ela é muito bem informada e muito segura. Acredito que ela vai ser muito feliz nessa campanha. O Brasil precisa, mais do que nunca de alguém que conheça bem o lado positivo do que está acontecendo com o país para dar continuidade”, argumentou Alencar.

O vice-presidente explicou que apóia Dilma por gratidão a Lula: “Eu sou vice-presidente da República graças à eleição do Lula, porque ninguém vota no vice, vota no titular. Eu sou muito grato ao Lula de ter me dado a oportunidade de prestar algum serviço durante oito anos aqui na vice-presidência. Então, o meu candidato será o candidato dele.”
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