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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Lula cobra igualdade armamentista entre países e defende Irã



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não se pode admitir que "um grupo de países esteja armado até os dentes e outros desarmados".

Washington receberá amanhã e na terça-feira a Cúpula de segurança nuclear, convocada pelo presidente americano, Barack Obama, e à qual devem assistir líderes de 47 países, entre eles o presidente Lula. "Vou perguntar ao presidente Obama qual é o significado de seu recente acordo com Medvedev (Dmitri, o presidente russo) sobre a desativação de ogivas nucleares", disse Lula em entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol El País.

Os Estados Unidos e a Rússia assinaram no último dia 8 um novo tratado de desarmamento, que reduzirá o número de ogivas nucleares em posse de cada país a um máximo de 1.550 e a 800 seus vetores de lançamento, em um prazo de sete anos. "Desativação de quê? Porque desativar o que já estava vencido não faz sentido. Eu tenho em minha casa uma gaveta de remédios vencidos.Ou falamos sério sobre desarmamento ou não podemos admitir que haja um grupo de países armados até os dentes e outros desarmados", afirmou Lula.

O presidente disse também que o Paquistão "tem bomba atômica, Israel também" e acrescentou que "é compreensível que os que se sintam pressionados por essa situação pensem em criar a sua". E acrescentou: "Não temos direito de colocar ninguém contra a parede, praticar a tática do tudo ou nada".

Lula defende conversa com o Irã
Neste contexto, o líder brasileiro afirma que explicou a Obama, ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e à chanceler alemã, Angela Merkel, que "é preciso conversar com o Irã".

"É um grande país, com uma cultura própria, que criou uma civilização. É preciso que os iranianos saibam que podem enriquecer urânio para fins pacíficos e que os demais devem ter tranquilidade de que será para fins pacíficos", disse Lula.

Para ele, "não se pode partir do preconceito que Ahmadinejad (Mahmoud, o presidente iraniano) é um terrorista e que é preciso isolá-lo". E acrescentou: "Temos de negociar. Quero conversar com ele sobre estes temas até o último minuto. E o único limite à posição do Brasil é com relação às resoluções das Nações Unidas, que meu país cumprirá", afirmou.


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