O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou um empréstimo de R$ 5,3 bilhões do governo federal ao estado. Segundo Cabral, que visitou o Morro do Bumba neste domingo (11), o valor é referente ao programa de ajuste fiscal e vai ajudar a reconstruir os estragos provocados pela chuva.





Ainda segundo o governador, a oficialização do empréstimo será feita no dia 15 de abril pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, no Palácio das Laranjeiras, no Rio.



Esta é considerada a pior chuva dos últimos 44 anos no estado e, segundo balanço do Corpo de Bombeiros, na manhã deste domingo (11), o total de mortes no estado chegava a 224. Cálculos da Defesa Civil indicam que há 40.482 pessoas desalojadas e outras11.562 estão desabrigadas. O maior número de óbitos foi no Morro do Bumba, em Niterói, onde já foram retirados mais de 30 corpos. Os bombeiros estimam que ainda haja cerca de 200 pessoas soterradas no local.

R$ 1 bilhão para a habitação

De acordo com o governador, R$ 1 bilhão do valor total do empréstimo já está destinado para a habitação, tendo como prioridade a remoção de pessoas que moram em áreas de risco. Cabral acredita que este valor somado ao programa "Minha Casa, Minha Vida" vai ajudar a resolver os problemas do estado.

Sérgio Cabral disse ainda que, na terça (13) ou na quarta-feira (14), vai ser anunciado pelo governo estadual o plano diretor de remoção que vai ser coordenado pela Casa Civil. O primeiro passo será a adesão dos municípios ao plano diretor. Depois disso, o estado através das secretarias de saúde, governo, ambiente, habitação, segurança e ação social vai estabelecer um nível de risco dos municípios, que pode ser azul amarelo, vermelho ou preto

O governador explicou que, no caso de um município estar com o risco preto, os moradores dessa cidade terão direito ao aluguel social por um ano.

E anunciou que a área onde ficava o Batalhão de Infantaria, entre São Gonçalo e Niterói, será ocupada por residências para as pessoas que estão desabrigadas na Região Metropolitana.