O clima ficou ainda mais tenso na sigla petista, ainda mais depois que a senadora Serys Slhessarenko acusou o presidente regional do PT, deputado federal Carlos Abicalil, de cacifar apoio através das indicações de cargos nos órgãos estaduais e federais, como a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Abicalil repudiou as acusações e enfatizou o fato do último petista a ter comandado a Funasa foi Juca Lemos, assessor de Serys. Apesar de manter a tranqüilidade durante a coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (19), o petista ressaltou que a parlamentar participou das indicações de cargos, como, por exemplo, o da professora Vera de Araújo, ex-secretária adjunta de Educação e que pertence ao grupo da senadora.
Além disso, o deputado declarou não ser contrário a indicação de cargos por parte dos partidos. “Não acho crime os partidos participarem das indicações de nomes a cargos, uma vez que ajudaram na composição de uma aliança. Além disso, desde início a senadora participou deste processo e das indicações, portanto apenas repudio as declarações, por ser tratarem de decisões coletivas”, afirmou.
A entrevista coletiva de Abicalil foi marcada por dois momentos. A princípio, o clima era tranqüilo e de festividade, uma vez que o petista venceu as prévias com uma diferença de 436 votos, porém a notícia de que Serys havia declarado apoio a Mendes caiu como uma “bomba” sobre o grupo que acompanhava o presidente do partido.
Por mais que tentassem esconder, a preocupação ficou estampada no rosto dos deputados Ságuas Moraes e Alexandre César, que estavam ao lado de Abicalil durante a entrevista. Porém, mesmo sem “alfinetar” demais, os petistas usaram como defesa o discurso de que a decisão de Serys foi tomada pelo desespero e como forma de retaliação à derrota.