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Sábado, 20 de julho de 2024

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Demora do PT irrita PC do B, que ameaça formar aliança com Skaf em SP

A demora do diretório estadual do PT-SP para definir a composição da chapa que será encabeçada pelo senador Aloizio Mercadante irritou integrantes do PC do B, tradicionalmente aliados dos petistas. O que está em jogo é a segunda vaga de candidato ao Senado na chapa que disputará o governo de São Paulo. A primeira vaga é da ex-prefeita Marta Suplicy.


O vereador Netinho de Paula (PC do B-SP), que era considerado o nome mais forte para a vaga de segundo candidato a senador, criticou a forma como PT tratou seu nome. "O PT não se posicionou até agora. Não tem nada garantido. Prometeram o que não podiam. E atrapalharam uma chapa que seria a ideal, com uma figura popular ao lado de Mercadante."

Netinho, entretanto, poupou Mercadante das críticas direcionadas ao PT. "Ele [Mercadante] sempre sinalizou que gostaria de me ter na chapa. Gosto muito dele. À medida que o tempo avança fica evidente que não somos [PC do B] prioritários [para o PT]. Faz parte da política."

O vereador admitiu que esse cenário o aproximou do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, pré-candidato ao governo de São Paulo. "Essa é uma ideia que vem ganhando corpo, algo novo."

Segundo ele, os dois partidos poderiam se juntar em São Paulo na formação de um novo bloquinho de esquerda, que ofereceria um segundo para a pré-candidata petista Dilma Rousseff no Estado. "Ter um segundo palanque para Dilma em São Paulo também é bom."

O presidente do PSB de São Paulo, Márcio França, confirmou a negociação da chapa, que incluiria o vereador Gabriel Chalita (PSB) na segunda vaga de candidato ao Senado.

Para França, a presença de Skaf pode para trazer para Dilma Rousseff votos do eleitor que gosta do governo tucano em São Paulo. "Para Dilma e para o Lula é o melhor negócio do mundo."

Dentro do prazo

O prefeito de Osasco, Emidio Souza (PT), um dos coordenadores da campanha de Mercadante, negou o rompimento com o PC do B. "Nossas conversas com o PC do B são o que há de melhor. Não há nada fechado. Estamos considerando as hipóteses."

Ele minimizou as críticas de Netinho ao PT-SP. "É normal, faz parte do processo [de composição de chapa]." E disse que esse problema não é exclusivo do PT: "O PSDB também tem esse problema. Candidatos demais ao Senado para vaga de menos".

Emídio disse que o PT tem um amplo leque para negociar apoio com os partidos aliados. "Não temos só a cadeira do Senado. Ainda há a vice e a primeira-suplência [ao Senado]."
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