A Procuradoria da Cracóvia anunciou hoje a abertura de uma investigação para esclarecer o assassinato do engenheiro polonês que permanecia sequestrado no Paquistão desde setembro do ano passado por um grupo talibã.

O porta-voz do Ministério Público, Marek Welna, explicou que o primeiro passo das investigações será assistir ao vídeo de sete minutos que mostra a dramática morte do cidadão polonês, morto ao ter a cabeça cortada pelo sequestradores.

Nas imagens, Piotr Stanczak, sequestrado em 28 de setembro quando realizava prospecções na cidade de Attock, no norte do Paquistão, para uma companhia geológica polonesa, pedia ao Governo de seu país a retirada de suas tropas no Afeganistão e a ruptura de relações diplomáticas com o Paquistão, que acusava de não ter feito nada para conseguir sua libertação.

Os sequestradores exigiam a libertação de comparsas presos em cadeias paquistanesas como condição para poupar a vida de Stanczak, algo ao que o Governo de Islamabad se negou o tempo todo.

"Já não podemos salvar nosso cidadão, portanto vamos tentar castigar seus assassinos", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, explicando que seu departamento entrou em contato com o Ministério da Justiça para iniciar ações que permitam a detenção dos culpados.

Por enquanto, continuam os esforços para recuperar o cadáver de Stanczak -ainda em paradeiro desconhecido- e poder repatriá-lo à Polônia.

Segundo alguns jornais paquistaneses, o grupo talibã se nega a entregá-lo até que sejam libertados os presos indicados, embora outras fontes indiquem que, em troca do cadáver, pedem a entrega de US$ 2,5 mil.