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Sábado, 20 de julho de 2024

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MS: Justiça bloqueia bens de suspeito de atirar em criança

A Justiça de Mato Grosso do Sul bloqueou nesta sexta-feira os bens imóveis do jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60 anos, acusado de matar a tiros em novembro passado um menino de 2 anos numa briga de trânsito, em Campo Grande (MS). Ele foi solto em fevereiro passado, após ficar 80 dias preso, e agora aguarda o julgamento em liberdade.


A mãe do garoto Rogério Pedra, Ariana Mendonça Pedra da Silva, 22 anos, moveu uma ação de especialização de hipoteca legal, daí a decisão que impede o jornalista a negociar qualquer bem imóvel daqui para frente. Ela pede indenização por dano moral no valor de R$ 1,2 milhão pela morte do filho.

Ariana moveu a questão no início deste mês, assim que soube que Agnaldo Gonçalves havia se separado da mulher e começado o processo de partilha dos bens que possui. Para a mãe do menino, o jornalista estaria forjando a separação com a intenção de escapar de eventual desfecho judicial que o determinasse a pagar a indenização. Ela acha improvável que o jornalista tenha se separado no período que cumpria prisão.

"Requisitem-se do 8º Tabelionato de Notas da Capital, com atendimento em cinco dias, cópia da escritura pública de separação consensual alusiva ao Livro n. 313, f. 88/90, pois, na data citada, o requerente encontrava-se preso", escreveu na decisão anunciada hoje, o juiz da 1ª Vara de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete.

Ariana queria também que a Justiça confiscasse os bens móveis e o bloqueio da conta bancária do jornalista, mas o magistrado não concordou com o pedido. Agnaldo Gonçalves é dono de um jornal semanário. Nem ele nem o advogado que o defende, Valdir Custódio, comentaram a decisão até agora.

O crime ocorreu por volta das 11h do dia 18 de novembro passado. A criança seguia com o tio, Aldemir Pedra, 20 anos, que guiava uma caminhonete. O rapaz teria parado num semáforo e demorado a arrancar o veículo. Isso teria irritado o jornalista, que dirigia um Fox, logo atrás.

Os dois discutiram por ao menos quatro quarteirões. No meio do trajeto, eles desceram dos carros e trocaram insultos. Seguiram depois, mas ainda assim, discutiam. Num cruzamento à frente, com os veículos emparelhados, o jornalista sacou uma pistola 38 e disparou quatro vezes contra a caminhonete.

Os disparos atingiram o pescoço da criança, que seguia no banco traseiro do veículo e o queixo do avô dela, João Afonso, 52 anos, que sentava no banco do passageiro. A criança morreu logo depois, no hospital. O jornalista foi preso no mesmo dia do crime. Ele confessou ter atirado contra a caminhonete, mas negou ter visto a criança no banco traseiro.

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