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Sábado, 20 de julho de 2024

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Polícia Civil investiga PMs suspeitos de tortura e tentativa de homicídio

Três policiais militares da Zona Norte de São Paulo são suspeitos de tortura e tentativa de homicídio. Segundo investigações da Polícia Civil, eles teriam torturado um adolescente de 16 anos e atirado contra um rapaz de 22 anos.


O adolescente foi o responsável por fazer a denúncia. Na segunda-feira (26), ele foi preso depois de roubar dois celulares. Segundo o jovem, ele foi torturado dentro de um carro da PM para entregar um amigo. “Diziam que iam me matar se eu não entregasse os celulares e um amigo”, disse o jovem, que não quis se identificar. Ele narra os momentos de tortura que teria sofrido nas mãos dos policiais. “Me sufocaram, eu estava com uma corrente no pescoço, eles começaram a apertar para me enforcar. Eu fui perdendo a força.”

Segundo o menor, ele e o colega, de 22 anos, confessaram aos policiais que usaram um revólver no assalto. A arma foi apreendida e os homens liberaram os dois. O caso não foi registrado em nenhuma delegacia. Na noite de terça-feira (27), os três policiais voltaram a procurar os dois rapazes. Apenas um, de 22 anos, foi encontrado em uma praça da Zona Norte.

Dez policiais são reconhecidos por testemunhas pela morte de motoboy Ele foi baleado três vezes a poucos metros de uma base da PM. Policiais desta base socorreram o rapaz para um hospital. Mais uma vez, não foi registrado boletim de ocorrência. Os três policiais estavam em uma viatura do 43º batalhão, na Zona Norte.

A mãe do rapaz baleado também tem medo. Mãe do rapaz. “Agora minha vida acabou, porque eu tenho outros filhos menores, eu não sei se posso confiar na polícia mais, não sei se meu filho pode sair vivo e chegar morto.”

O homem de 22 anos está internado em um hospital e tem proteção da policia. Testemunhas anotaram as placas dos carros utilizados pelos supostos policiais militares. A corregedoria da PM ainda não se manifestou sobre a denúncia.

"Segundo as informações que nos chegaram, os três homens à paisana eram policiais militares e se identificaram como tal. Por isso os policiais fardados que socorreram a vítima tinham por obrigação apresentá-los na delegacia de polícia, e não foi feito", disse o delegado Antônio Corsi Sobrinho.

"Graças a Deus a vítima esta viva. Foi uma tentativa de homicídio, e ele reconhece as pessoas. Ele tem como reconhecer, o que ele me solicitou hoje eram as fotografias, mas a PM não fornece as fotografias para nós”, afirmou o delegado.

Nesta semana, a Justiça Militar decretou a prisão de 12 policiais militares. Todos já estão detidos. Eles são suspeitos de matar um motoboy dentro de um quartel, também na Zona Norte da capital paulista. A corregedoria tem 20 dias para terminar a investigação.
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