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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Médico acusado de fraudar atestado no Rio é investigado por mais 30 mortes

A Polícia Civil do Rio investiga um esquema de fraude envolvendo o médico aposentado Paulo Alves Vianna, acusado de assinar o certificado de óbito falso do criminoso norte-americano Osama El Atari, preso no Texas após golpe milionário em vários bancos.


Polícia faz operação contra quadrilha que frauda documentos em hospitais do Rio

O delegado titular da Delegacia de Defraudações, Robson da Costa Ferreira, disse nesta sexta-feira que já iniciou o levantamento de pelo menos outras 30 mortes atestadas por Vianna em seu livro com 270 registros de mortes de setembro de 2009 a abril de 2010.

"Entre os 270 nomes registrados no livro está o do norte-americano. Consegui prisão temporária para o acusado, mas ele cumpriu e saiu. Ele confessou que fez esse certificado falso, mas alegou que achou que ele estivesse morto de fato já que costuma fazer atestados através de informações de funerárias, sem ver o corpo", disse o delegado.

De acordo com Ferreira, o médico foi preso com dois agentes funerários envolvidos no esquema da fraude. O trio usou documentos da funerária Rio Pax, que é investigada há meses pelo golpe do falso atestado de morte do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha e apontado como chefe do tráfico na favela.

"O que chamou a nossa atenção foi que 10% das anotações relatam mortes, principalmente de jovens, por problemas cardíacos. Já estamos levantando dados sobre essas pessoas", disse.

O delegado afirmou que pretende indiciar, ainda sem data prevista, o médico aposentado por falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha. O acusado pode pegar até 15 anos de prisão.

Após serem liberados da prisão temporária, o médico Paulo Alves e os dois agentes funerários envolvidos vão responder ao processo em liberdade.

"Já temos pistas de que Luiz Rodrigues de Oliveira, conhecido como Luiz Maluco, que trabalhava no hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste, teria feito a ponte entre o norte-americano e o acusado, mas Oliveira foi assassinado um mês após o início das investigações sobre o caso", disse o delegado.
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