O genro do deputado José Riva (PP), Carlos Antônio Azóia, foi liberado na noite deste domingo (23) após ter sido preso na sexta-feira (21) pela Polícia Federal, durante a Operação Jurupari. A decisão é da juíza substituta da Segunda Vara Federal, Vanessa Curti Perenha Gasquez, que revogou a prisão atendendo pedido do advogado Válber Melo.
A defesa alegou que o pedido de liberdade foi embasado pelo fato do nome de Azóia não constar da decisão expedida pelo juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião da Silval. De acordo com o despacho do magistrado, existia apenas o mandado de busca e apreensão contra o empresário.
No entanto, mesmo assim Azóia foi preso e encaminhado para a Polinter. O delegado federal confirmou ainda na sexta-feira (21) de que haviam sido expedidos 91 mandados de prisão, no entanto, no despacho de Julier constam apenas 73 nomes, dentre eles, o da esposa e do irmão de Riva, Janete Riva e Paulo Rogério Riva, respectivamente. Sendo assim, 18 pessoas estão fora da lista de Julier e devem ser soltas nos próximos dias.
Dentre as principais irregularidades constatadas pela Polícia Federal estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.
As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.