O vereador Deucimar Silva (PP) protocolizou na manhã de hoje (19) um pedido de anulação da CPI que apura o superfaturamento de mais de R$ 1 milhão da obra de reforma da Câmara Municipal de Cuiabá em 2009, ano em que ele presidia o Legislativo.

O pedido de nulidade da CPI se baseia no argumento de que o inquérito extrapolou o tempo regimental para a entrega do relatório. Segundo o parlamentar, os membros da CPI deveriam ter entregado os documentos do inquérito há 2 dias, o que não foi feito.

“Hoje a CPI completa 92 dias”, argumenta Deucimar.

Apesar de dizer que não tem culpa no superfaturamento e argumentar que é um dos mais interessados na investigação para provar sua inocência, Deucimar age para barrar a CPI em andamento. “Essa CPI está cheia de irregularidades, isso desde o começo”, defende.

Sem ‘trapalhada’

Para o vereador Edivá Alves (PSD), não há irregularidade alguma nos prazos de entrega de documentos. “Ele [Deucimar] já falou isso [que o prazo está sendo desrespeitado] na outra vez em que pedimos a prorrogação da CPI”, pondera.

A previsão de entrega do relatório era para a sessão ordinária de hoje. O relator da CPI, vereador Misael Galvão, havia prometido entregar a papelada na última terça-feira, mas adiou para hoje, dando sua palavra que a investigação seria concluída no prazo e que “não acabaria em pizza”.

“Estamos amparados juridicamente com relação ao prazo”, afirmou Edivá em entrevista ao Olhar Direto. “O prazo termina amanhã e nós entregaremos o relatório”.



Atualizada às 11h25