Mais de 90 dias de inquérito não foram suficientes para a "CPI do Deucimar" apontar um responsável pelo rombo de R$ 1.125 milhão na reforma da Câmara Municipal de Cuiabá realizada em 2009, durante a gestão de Deucimar Silva (PP).

A conclusão do relatório da CPI, apresentada à Mesa Diretora no final do prazo regimental, absolveu o gestor responsável por efetuar os pagamentos superfaturados e sugeriu apenas punição à Alos Construtora, empresa que realizou a obra e ao engenheiro Carlos Anselmo, cedido pela Prefeitura Municipal para ajudar na obra.

O relatório da CPI solicita ao Ministério Público Eleitoral que adote medidas judiciais para declarar a construtora impossibilitada de participar de licitação em administração pública estadual ou municipal pelo prazo de cinco anos.

A conclusão da CPI também solicita que o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-MT) instaure um Processo Disciplinar contra Carlos Anselmo, que assinou as medições superfaturadas dos valores da reforma. Em depoimento à CPI, Anselmo afirmou que recebeu as planilhas já prontas e apenas assinou-as, sem ler.

A presidente da Comissão de Licitação da Câmara, Izanete Gomes da Silva, também está na lista de punidos pela CPI. O relatório pede que a Câmara Municipal de Cuiabá instaure um Processo Disciplinar contra a servidora.