Os depoimentos colhidos pela Delegacia Fazendária (Defaz) no caso do rombo da Conta Única do Estado são contraditórios e desmentem o que havia declarado o servidor terceirizado afastado da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Edson Rodrigo Ferreira Gomes, que tentou negar envolvimento de sua família no esquema do qual ele confessou ter sido partícipe.

De acordo com o delegado Rogério Modelli, os novos depoimentos atestam o envolvimento da família. Um deles é o da laranja Paulinete Auxiliadora Neves dos Santos. Em seu depoimento, Paulinete apontou que sua conta bancária era utilizada pela família de Edson, cuja mulher é sua cunhada.

A alegação era de que a família precisava da conta para receber precatórios entre 2010 e 2011, mas ela nada recebia por isso e não desconfiava de irregularidades. Após saber da investigação da Auditoria-Geral do Estado (AGE), Paulinete cortou relações com a família e contratou um advogado. Soube da Operação Vespeiro quando estava em viagem, alegou.

“A família toda estava envolvida na fraude. Pelos depoimentos que a gente tem colhido, realmente não há como concluir nada diferente disso. Toda a família estava envolvida”, declarou o delegado nesta quinta-feira (10).

Os pais de Edson, Vicente e Albina, segundo Modelli, cooptaram pessoas para usar suas contas bancárias para movimentações de valores desviados da Conta Única do Estado. Isso contraria uma das principais alegações de Edson

O pai e a mãe de Edson, Vicente Ferreira Gomes e Albina Maria Auxiliadora Gomes (com mandados de prisão em aberto), foram apontados pela Polícia Fazendária na Operação Vespeiro como beneficiários do esquema que desviou R$ 12,9 milhões do erário, mas, segundo Edson, eles nunca souberam das ilicitudes dentro da Sefaz.



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