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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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era da improbidade

Desvios de R$ 100 milhões na Conta Única da Sefaz ocorrem há 10 anos

Os desvios dos recursos da Conta Única da Sefaz (Secretaria de Fazenda), que podem superar a casa dos R$ 100 milhões, vinham sendo praticados há 10 anos e não somente a partir de 2007, como foi divulgado inicialmente.


Outro detalhe: o rombo pode ser muito acima dos R$ 104 milhões que constam de relatório confidencial do governo do Estado, conforme revelou o Olhar Direto com exclusividade.

“Vamos ter que ampliar as investigações e apurar o que pode ter sido desviado a partir do final de 2002 e começo de 2003”, declarou uma fonte do setor Fazendário de Mato Grosso.

“O Ministério Público recebeu informação de que o rombo é muito maior. Temos a informação segura de que os desvios vinham ocorrendo há exatos 10 anos e o Ministério Público vai investigar isso”, garantiu um procurador de Justiça ao ser provocado pela reportagem.

Inicialmente, a polícia trabalhava com a possibilidade de rombo de R$ 12,9 milhões com base em análise da Auditoria-Geral do Estado (AGE). No entanto, conforme o Olhar Direto antecipou no dia primeiro de junho, relatório complementar a ser entregue pelo mesmo órgão ou pela Sefaz vai engrossar os números apresentados.

Preliminarmente, as investigações da Delegacia Fazendária apontam que mais de trinta pessoas foram beneficiadas com dinheiro desviado da Conta Única do Estado entre os anos de 2007 e 2011, por meio de pagamentos ilícitos feitos através do sistema BB PAG.

No último dia 13, o governo estadual publicou no Diário Oficial ato de exoneração da secretária Adjunta do Tesouro da Secretaria de Fazenda, Avaneth Almeida das Neves, suspeita de envolvimento no esquema.

Ela era considerada uma das principais articuladoras do esquema, pois assinava as liberações fraudadas de crédito da Conta Única. As autorizações teriam beneficiado inclusive parentes e pessoas ligadas a servidores fazendários.

De acordo com as mesmas fontes, o relatório ampliado, que confirma participação de empresas, é mais “bombástico” do que se supunha porque pode confirmar o envolvimento de empresas em nomes de laranjas ou de fachadas.

O esquema foi possibilitado por falhas no sistema BB PAG, através do qual são efetuados os pagamentos. A ex-coordenadora da Conta Única, Magda Curvo, foi presa pela Polícia Civil sob suspeição de ser a mentora dos desvios.

As investigações da Delegacia Fazendária apontam que mais de trinta pessoas foram beneficiadas com dinheiro desviado da Conta Única. A ex-coordenadora foi solta no último dia 25 de maio. Ela só ficou dois dias detida. Magda teve prisão decretada pelo juiz José de Arimatéia no âmbito da Operação Vespeiro.

O irmão de Magda, o contabilista Silvan Curvo, confessou também participar do esquema de desvio. Silvan admitiu ter atuado no desvio de R$ 6 milhões e ter cooptado 11 pessoas para servirem como beneficiárias e laranjas.


Atualizada às 10h45
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