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Domingo, 05 de maio de 2024

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Galli comemora lançamento de edital da hidrovia Teles Pires-Tapajós

Foto: Reprodução

Galli comemora lançamento de edital da hidrovia Teles Pires-Tapajós
Especulações em torno do lançamento em breve da licitação para construção da hidrovia Teles Pires-Tapajós, noticiadas nas últimas semanas, animam o deputado federal professor Victório Galli (PMDB-MT). Para o parlamentar, se o Minsitério dos Transportes realmente tirar a idéia do papel, serão realizados dois sonhos.


"O primeiro é pensar os rios brasileiros como via de transporte milenar, capaz de levar riquezas, dar mobilidade, integrar; o segundo, mais recente, de algumas décadas, é o sonho dos produtores da Região Centro-Oeste, no que diz respeito à forma de movimentação de grãos, insumos e demais itens agrícolas", afirmou em discurso na Câmara Federal nesta quarta-feira (11.10).

De acordo com Galli, Mato Grosso produziu 40 milhões de toneladas de grãos na safra 2011/2012, o que representa cerca de 25% do total colhido no país. "Uma demonstração da absoluta eficiência do agronegócio lá instalado, que não para de se expandir, gerar empregos, fomentar o desenvolvimento regional, contribuir para o equilíbrio da balança de pagamentos e ajudar o Brasil a crescer".

No entanto, segundo ele, o bom desempenho do setor encontra dificudades no escoamento da produção até os portos de Santos e Paranaguá e faz com que o "Custo Brasil" reduza possibilidades de lucro, inibe investimentos e trava a economia.

O parlamentar destaca dados Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) segundo os quais o custo de transporte de uma tonelada de soja cairia de R$ 227 para R$ 60 com a utilização das vias navegáveis. "Em um ano, o setor economizará nada menos do que R$ 2 bilhões", observa o parlamentar.

O agronegócio, avalia o suplente de Carlos Bezerra, vai se beneficiar diretamente com a utilização da hidrovia. Ele afirma, porém, que a atividade rural não se atém só à produção e comercialização de sementes, adubos e demais insumos; tampouco apenas à distribuição, armazenamento, logística e transporte da safra; nem mesmo aos controles de qualidade ou ao aproveitamento e reciclagem de resíduos com valor econômico.

"A partir da necessidade de ganhar produtividade e competitividade, o agronegócio tornou-se exemplo acabado do que os economistas chamam “rede negocial”, cujas atividades, no caso, não se limitam ao plantio e cultivo de commodities, embora seja essa a atividade fim", sustenta Galli ao lembrar de interesses internacionais e de cunho fortemente político.

Após a licitação, cujo edital ainda não tem data para ser lançado, serão feitos estidos de viabilidade e o projeto. Só os estudos estão orçados em R$ 14 milhões.

Para garantir a navegabilidade da Teles Pires-Tapajós, devem ser eliminadas rochas, corrigidos trechos arenosos e outros obstáculos existentes em cerca de mil quilômetros, a partir do rio Teles Pires, seguindo pelo Tapajós até o porto de Santarém, no oeste do Estado do Pará, a 1.443 Kms de Belém. Em Santarém, a carga poderá tanto seguir para o exterior quanto abastecer o mercado interno, especialmente o Norte e o Nordeste.

Ainda conforme dados da Aprosoja, com a hidrovia o custo de transporte de uma tonelada de soja cairia de R$ 227 para R$ 60. O presidente da entidade, Carlos Fávaro, ressalta a importância da hidrovia para toda a cadeia logística nacional.

Segundo ele, é possível explorar o potencial dos portos do arco norte, como São Luiz, no Maranhão, Vila do Conde, no Pará, Santana e Santarém, no Pará, e no Amazonas. Além de dar mais competitividade aos exportadores do sul e do sudeste, desafogando os portos daquela região.
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